Capítulo 37: Resort (parte 1)

2.8K 311 10
                                    


Heitor Pimenta saiu da piscina e andou até onde estava sua espreguiçadeira, ao lado da esposa, que tomava sol de óculos escuros. Heitor olhou para a figura com quem se casou com desgosto: outrora ela fora atraente, sem aqueles culotes e estrias; Heloísa usava um maiô que ressaltava suas curvas feitas de gordura. O político enxugou-se com uma toalha e sentou-se, colocando os óculos de sol. Tinha cabelos grisalhos, peito cabeludo e corpo alto e magro, embora tivesse um tórax largo.

Olhou ao redor, para aquele paraíso artificial: a piscina gigantesca, o hotel cinco estrelas e o complexo de construções adjacentes, todos com arquitetura de encher os olhos; os quiosques e coqueiros ao redor da área da piscina faziam-no lembrar dos resorts caribenhos para onde havia viajado tantas vezes. Iria embora e não desfrutaria de todos os benefícios do resort. Mas o paraíso tornava-se um inferno quando a principal atração ele só podia olhar de longe: as mulheres. E que mulheres! Deusas de biquínis minúsculos desfilando para lá e para cá. Tentava discretamente secá-las por trás de seus óculos escuros, imaginando-se fodendo cada uma delas de maneiras pouco ortodoxas. Pimenta não era bonito, sabia bem, mas era charmoso, e se pudesse usar o dinheiro que tinha, podia possuir qualquer uma. Teve mais uma ereção, a décima só aquela manhã! Ajeitou o membro dentro da cueca para não dar na vista e levantou-se mais uma vez.

— Aonde vai? — perguntou Heloísa baixando os óculos.

— Ao banheiro.

— Está ruim do estômago?

Heitor a ignorou. Apenas se afastou, tendo ciência que os seguranças à paisana o seguiriam. Também sabia que dentre aqueles rostos havia alguém disfarçado pronto para pegá-lo no flagra caso pisasse na bola. Fez a única coisa que lhe restava: encontrou o banheiro, entrou no reservado e se masturbou pela quinta vez desde que acordara.

Dez minutos depois, lá estava ele de volta à espreguiçadeira.

— Vai comigo hoje para o spa sauna? — indagou a esposa em um tom automático, pois sabia a resposta.

— Não, pode ir — resmungou.

— Certo.

O pastor continuou olhando as sereias no meio daquela multidão de pessoas feitas à mão por Deus.

Foi quando a viu pela primeira vez.

Era uma daquelas cenas em câmera lenta dos filmes: Ela saiu da piscina enxugando os cabelos com as mãos. Era alta, linda, com um corpo espetacular! As coxas eram malhadas, mas não musculosas; tinha cintura fina e seios médios belíssimos espremidos dentro do biquíni vermelho. Ajustou também o biquíni de baixo, passando o dedo por dentro das bordas, atraindo a atenção para sua vulva carnuda. Heitor salivou. Teve nova ereção. Quando ela caminhou, pôde ver a bunda perfeita em formato de gota. Nada nela era exagerado, mas tudo nela era suculento. Ela passou diante dele e foi até um dos quiosques.

Heitor estava inquieto. Os homens que a viam também. As mulheres ali presentes pareciam ter saído da revista Sexy, mas ela se sobressaía como a musa da capa. O jeito com que caminhava, com que se movia... Aquela mulher respirava sexo! Era como se ela desse descarga de testosterona em quem a visse para os machos ao redor ficassem loucos para possuí-la.

Mas ela estava tão longe!

Que mulher era aquela? Estaria acompanhada?

Entristeceu-se. Com o cerco de seguranças e paparazzi no seu encalço, sem falar na megera da esposa, seria impossível qualquer aproximação. Levantou-se mais uma vez.

— Pra onde vai? — era a esposa de novo.

— Banheiro.


#######################

O que será que ele foi fazer? haha

Clube Proibido [completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora