Paula não teve que esperar muito, mas já que sabia onde estava o carro de Iguana, decidiu estacionar em um ponto atrás dele, em um ângulo em que conseguisse enxergar a entrada da boate, mas que também não ficasse tão exposta. Ao ver Iguana e seu guarda-costas saindo, encontrando-se com o cão de guarda que ficara de vigia, ela entrou em ação.
Vai Paula! É agora ou nunca!
Aguardou o carro de Iguana sair da vaga reservada e deu partida no seu, seguindo-o. Sua garganta estava seca, a adrenalina transbordava pelos seus poros, mas não voltaria atrás. Colocou seus óculos de leitura que raramente usava, essencial para que seu plano funcionasse e apertou o cinto de segurança. Se demorasse muito tempo seguindo os bandidos, os mesmos acabariam desconfiando, ainda mais por ser um veículo vermelho como o seu. Mas tinha de esperar um local movimentado, para garantir sua segurança.
Ao avistar Iguana parando no primeiro sinal vermelho, Paula continuou na mesma velocidade e freou já perto demais do veículo negro. A colisão entre a traseira e o para-choque não foi violento, mas forte o suficiente para fazer os dois carros tremerem. O de Paula havia batido na quina esquerda do outro, o lado em que Iguana havia entrado.
Paula abriu a porta do carro, desprendendo o cinto. Não estava machucada, mas extremamente nervosa. As portas do outro veículo também abriram. O segurança e o motorista saíram, furiosos. Iguana apenas baixou o vidro, o semblante aborrecido e confuso.
— Ai, meu Deus! Vocês se feriram?
— Sua vagabunda, está cega? — gritou o motorista. Paula viu o segurança colocar a mão na cintura, pronto para sacar a arma, mas havia pessoas demais observando.
— Foi sem querer, eu juro! — Ela misturava o nervosismo real que sentia com a dramaticidade necessária. — Desculpem! Ai meu Deus! Eu tirei a carteira faz pouco tempo!
Os dois homens estavam próximos demais de Paula. O segurança olhou o estrago na traseira do carro, inflando de ódio.
— Você vai pagar por isso, sua puta! Puta burra!
Iguana observava calado, mas atento. Paula só queria que ele olhasse bem para seu carro vermelho e para seu rosto. O sinal abriu. Os carros davam a volta no acidente. Alguns buzinavam. Mais pessoas se amontoavam nas calçadas. Alguns com os celulares em mãos prontos para filmar.
— Vamos embora! — ordenou ele já subindo o vidro.
Paula não podia arriscar não ter sido notada. Correu para a janela, dando tapinhas na mesma.
— Senhor! Desculpe! O senhor está bem?
As mãos grossas do brutamontes agarraram seu ombro e a jogaram para o lado, derrubando-a no chão. O motorista já entrava por sua porta, chamando pelo outro. Paula por pouco não fora atropelada por outro carro, caída no chão. Viu o luxuoso veículo partir e gritos de pessoas protestando pela violência, além de dezenas de buzinas.
Ah, meu Deus! Celulares não!
Cobrindo o rosto, correu para seu carro e deu partida. Só estacionou vários quarteirões adiante, para tentar recuperar o fôlego. O dano nos dois carros havia sido mínimo, mas a queda a havia machucado. Respirou ofegante por alguns segundos antes de começar a rir, nervosa. Havia conseguido! Tinha certeza de que Iguana havia visto a cor de seu carro e seu rosto com óculos.
Agora tinha de providenciar a segunda parte do plano.
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Desculpem não ter mais pra hoje! Semana difícil demais. Mas vocês sabem que eu compenso, né? Breve volto aos eixos e publico vários de uma vez.
Nos próximos capítulos você vai conhecer mais do misterioso passado de Sara (e depois vai entender porque ele está sendo contado). E vai descobrir as terríveis consequências da investigação de Valentina. Sem falar, claro, neste desafio de Paula, que terá um peso crucial no desenrolar da história.
E não esqueci dos outros membros (breve Aquiles volta). Tenho muitas surpresas pra vocês! O Clube encerra as portas de sua primeira temporada ainda este ano!
Não desistam de mim, nem do Clube!
Até quinta!
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Clube Proibido [completo]
Mystery / ThrillerAté onde vão os limites da luxúria e do desejo? Para o Clube, eles não existem. Sem tabus, sem pudores, sem vergonha... Jovens deliciosos, irresistíveis, mestres na arte da sedução, prontos para realizar as mais impensáveis fantasias de estranhos. ...