Capítulo 175: Plano (parte 4)

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Paula esperava pacientemente no loft até perceber que Nayuri estaria de saída. Enquanto isso, conversava com Aquiles, nos estofados da área externa, observando japa na piscina com Marvin e MILF.

— Você me usou — acusou-a Playboy.

— E você se importa? Fere seu ego frágil?

— Achei uma vingancinha infantil, na verdade.

— Então por que aceitou transar comigo e filmar?

— Não sei. Você descobriu por minha causa, e se era para cortar de vez relações com ela...

— Mentira. Você faria qualquer coisa por mim.

Aquiles deu uma risada.

— Você está se achando demais, garota.

— Eu não estou aos seus pés, e isso te incomoda. Suas técnicas de sedução são fracas, pois sempre se apoiou em sua beleza. Então quando uma mulher não cai de amores por você, você enlouquece. Fica na palma da mão dela. Como está na minha.

— É isso que você acha.

— Sim.

— Veio sentar aqui ao meu lado para se vangloriar?

— Então assume?

— Não vou assumir nada. Você é minha valida, e só. Não quero que se meta em problemas, pois seriam problemas para mim. Não confunda as coisas.

Paula se aproximou mais ainda dele e pôs a mão em seu rosto, olhando-o nos olhos.

— O que quer que sinta, não vale a pena. Sou incapaz de sentir. Não sou sentimental, Playboy. Eu nunca me apaixonei por ninguém, não sei como é a sensação. Eu me envolvo por algum tipo de interesse, sempre foi assim. Eu me acostumei com homens sendo gentis e fazendo tudo que eu queria com uma única intenção: me comer. Alguns até se apaixonavam loucamente, mas era uma forma de alimentar seus egos, me expor como um troféu. Então por que eu me apaixonaria? Talvez seja um distúrbio em meu sistema límbico, não sei. Mas já vi muitos olharem para mim como você olha, fazerem o que eu peço sem hesitar. Pode não admitir, mas você acha que sente algo por mim. É só seu ego, querido. Se eu fosse louca por você, não teria se interessado — deu-lhe um selinho e voltou à sua posição, recostada no sofá.

Playboy estava com o usual semblante sério.

— Ache o que quiser. Quando for graduada e não for mais minha responsabilidade, vamos ver.

Feiticeira viu Japa sair da piscina, pegando uma toalha e se enxugando.

— Só mais uma coisa. É possível localizar pelo aplicativo se o celular estiver desligado?

— Não sei.

Era possível que não conseguisse a informação, por isso Paula havia deixado o celular em casa, caso a rastreassem.

— Tenho que ir, gato — Paula se levantou, caminhando para dentro do loft, atravessando-o rumo à boate. Minutos depois estava do lado de fora, aguardando a saída de Japa.


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Será que Playboy tá mesmo apaixonado? 

E Paula, tá certa sobre o amor?

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