Capítulo 11: Contra o tempo

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— O quê? — reagiu ela alto demais, já avançando avenida acima.

— Quem está aí no telefone, moça? — o quase careca perguntou, desconfiado. — Não está levando a gente pra uma emboscada não, né?

— É uma amiga, relaxem.

— Pra onde está levando a gente?

Boa pergunta.

— Para um local mais tranquilo. Por que não vão abrindo a vodka?

— Há duas câmeras no carro — Aquiles informou. — Caso saia do carro, leve uma delas e grave tudo.

Desligou.

Filho da puta!

Pensa rápido, Paula! Pensa rápido!

— Então... — começou ela, tentando criar um plano, constatando uma GolPro no teto e outra sobre o porta-luvas, focada em seu rosto. — Vou ser bem direta com vocês: Eu estou louca pra transar.

Pelo retrovisor viu os dois se encararem triunfalmente, prestes a explodir de alegria.

— Quer dar pra nós dois?

— Vocês fariam isso por mim?

— Claro! — disseram em uníssono, balançando as cabeças positivamente.

Que patéticos! — Paula percebeu ser mais perigosa que os dois juntos. Estava começando a achar interessante. Dobrou em uma rua, tendo em mente um motel ali próximo.

— Mas vão me comer bem gostosinho? — infantilizou a voz, mordendo o lábio, olhando para o retrovisor, secretamente preocupada com o tempo.

— Bem gostoso, sua safada! — o mais magro inclinou-se e tentou beijar o pescoço dela, uma das mãos agarrando seu seio.

— Opa! Opa! Opa! Vamos com calminha, tigrão. Sem tocar até eu dizer, certo?

Ele afastou-se, segurando o membro rijo por cima do jeans. Estava extasiado de tanto tesão.

Pensa, Paula. Pensa!

Em nenhum dos planos que urgentemente fabricava dava tempo de chegar até o motel.

Entrou em uma rua longa e escura, entre um condomínio e um comércio já fechado àquele horário. Estacionou o carro.


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Alguém imagina o plano dela?

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