Capítulo 137: Tripla

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Marvin fez reverência aos aplausos e ovação dos colegas. Na tela, o desafio era finalmente cumprido: Marvin ejaculando nos seios de Suelen após vários minutos de penetração, e em seguida espalhando pelo corpo dela, como se fosse creme de massagem.

— Puta que pariu, qual o teu segredo, velho? — Negão perguntou, impressionado.

— Tinha meu sêmen no óleo desde o início. Ela não resistiu ao meu cheiro afrodisíaco.

Todos riram.

Paula estava impressionada. Não era à toa que Marvin era Ouro. Ele havia contornado a situação com maestria, e sem expor o Clube. Poderia ser preso, mas acabou cumprindo seu desafio. Sem falar em sabe-se lá como ele havia conseguido que ela fosse até o hotel. Como havia feito para convencê-la? Como a havia abordado? Ele arranjou uma maca de massagem! Precisava conversar mais com ele, aprender suas estratégias, pensou.

Paula olhou para a direita, para o sofá que Nayuri compartilhava com Negão. Fitou a Japa por alguns segundos, perguntando-se pela milésima vez desde de que entrara na sede naquela noite se ela a havia visto com Iguana. Analisou sua reação ao cumprimentá-la, checou inúmeras vezes se ela a observava discretamente, mas não havia nenhuma pista. Nada que indicasse que Japa estivesse prestes a revelar seu segredo para se promover. A única coisa que era bem clara eram seus olhos brilhando para Marvin, endeusando-o por mais uma vez ser exemplar. Talvez fosse tudo o que ela queria: ser como ele, como Devassa, ou até mesmo como ela, Paula, até então invicta. E para isso, ganhar pontos de prestígio por entregá-la fariam toda a diferença.

Pâmela reposicionou-se diante do telão, com a classe e elegância de uma apresentadora de TV.

— Vamos iniciar os julgamentos — MILF iniciou, solene. — Não é nenhum segredo a ninguém que Negão falhou em seu desafio, mas por protocolo vamos assistir às gravações.

Negão deu uma risada.

— Quem é o Canibal e sua gangue perto da maligna Devassa? Dela sim, eu tenho medo!

Todos riram. Paula estava tranquila: seus desafios da semana já haviam sido mostrados na leva dos que foram cumpridos com sucesso.

O vídeo foi ao ar. Com uma edição digna de cinema, todos assistiram às peripécias de Rafael desde que instalou as câmeras até elas serem encontradas pelo traficante. Todos riam como se assistissem a um filme de comédia. Paula já sabia da história toda, mas ver as filmagens foi hilário. Não acreditava que havia perdido uma missão de resgate. E assim descobriu que havia um alarme para emergências no aplicativo. Mais um detalhe que Playboy não havia lhe contado, mas como ficou sabendo por Pâmela, ela ainda não tinha acesso a tal privilégio.

Paula observou que, apesar de distante, ainda hostilizado pelos outros membros, Latino mantinha-se inabalável, rindo com os outros, como se nada tivesse acontecido. Não falavam mais com ele, não havia mais transas, nem momentos divertidos. Não com ele. E apesar de ser excluído, continuava aparentemente tranquilo. Paula sentiu uma súbita raiva ao lembrar do que ele havia feito. Ao término do vídeo, além de risadas, palmas. Paula olhou para Nayuri e finalmente viu uma reação diferente. Japa estava sorrindo, mas havia algo contido em seu olhar. Paula sorriu, sabendo bem do que se tratava: todos estavam se divertindo com o erro de Negão quando os dela sempre haviam sido motivo de sermões e olhares atravessados. Injustiça.

Paula não fora a única a perceber a reação de Nayuri.

— Muito bem — Pâmela retomou. — Brincadeiras à parte, vamos ao que interessa. Vamos votar se Negão deverá ou não ser punido. O desafio era transar com a mulher do traficante vestido de entregador de pizza, e isso ele fez. Além de sexo oral, ele iniciou a penetração antes de ser interrompido.

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