Capítulo 20: Iniciação

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Paula nunca havia ficado nua na frente de tantas pessoas; talvez nem quando era criança. Mas não questionou. Segurou o vestido pelas bordas inferiores, com os braços cruzados em X, e puxou-o para cima, revelando primeiro a calcinha, depois o sutiã, ambos cor vinho. Jogou a peça de roupa no chão. Todos apenas a observavam em silêncio, ao seu redor. Desabotoou o sutiã, deixando os seios livres, e por fim, baixou a calcinha, revelando a parte íntima ausente de pelos. Olhou para Pâmela, esperando novos comandos.

— Tudo — disse a MILF. — Brincos, pulseiras, tudo.

Ela obedeceu. Retirou os brincos, colar, pulseiras e a sandália, colocando-as sobre a roupa no chão.

Paula foi pega de surpresa pelas mãos que surgiam por suas costas, envolvendo seus olhos com um tecido vermelho e cobrindo-os; sentiu as extremidades serem amarradas atrás de sua cabeça. Não era uma sensação agradável ser vendada, muito menos nua, cercada de estranhos, em um lugar em que ninguém ouviria seus gritos. Sentiu um repentino medo e um impulso de tirar a venda e sair dali enquanto talvez ainda pudesse. Mas se conteve. Iria até o fim.

Alguém segurou sua mão, guiando-a alguns passos para frente. Sentia a maciez do tapete sob a delicada sola dos pés.

— Um dos princípios do Clube — era a voz de Rafael, o Negão. — é estar disposto a entregar-se ao desconhecido. Privar-se de escolhas oriundas de seu gosto pessoal e focar apenas no prazer alheio.

— Para isso você precisa se conhecer — era Marvin. — Conhecer seu corpo, conhecer o que é capaz de fazer e sentir, ao menos saber fingir sentir. É preciso trabalhar sua sensibilidade sexual. Seus sentidos.

Paula foi mais uma vez surpreendida. Desta vez por alguém se aproximando de frente, segurando sua nuca e beijando-a. Era um homem, mas não sabia dizer qual deles. Pela posição da voz de Marvin e pela ausência de barba, excluiu-o. Entregou-se ao beijo intenso.

A boca afastou-se da sua, mas sentiu um corpo abraçar-lhe por trás, envolvendo seus seios com as mãos. Era um toque feminino, com certeza. Sentiu o hálito doce no pescoço, o perfume cítrico, o cheiro do batom; sentiu a respiração em sua orelha, fazendo-a arrepiar-se instantaneamente. Andavam ao seu redor, as pontas dos dedos tocando breve e lentamente sua pele. O medo aos poucos se tornou excitação. Paula sentiu-se umedecer no meio das pernas. Os perfumes misturavam-se, tal qual o cheiro do álcool ingerido; alguém a beijou na boca, desta vez uma mulher, e a que estava às suas costas ainda acariciava seus seios com suavidade; uma mão, provavelmente masculina, pousou em sua coxa, migrando vagarosamente para cima, em direção à sua parte íntima, acariciando o espaço entre a pele da virilha e os grandes lábios. A mão habilidosa movimentava-se na região externa de sua intimidade, deixando Paula ainda mais molhada.

O beijo acabou. Iniciou-se outro, agora, um homem, e teve certeza, era Marvin.

A de trás deu lugar a outra pessoa.

Alguém mordiscava seu braço.

Alguém lambia sua cintura.

Alguém por trás palpava-lhe um seio e outra pessoa começou a esfregar os lábios no outro... rodeando seus mamilos... um leve mordiscar... a boca quente envolvendo-o em seguida...

A mão explorava sua vulva, melava-se com seu mel.

Tudo ao mesmo tempo.

Seu corpo inteiro passou a ser beijado por bocas diferentes. Lambido, mordiscado, soprado. Alguns breves, outros mais demorados...

Quem a masturbava levou a mão à sua boca; Paula provou do próprio líquido antes de ser novamente beijada na boca.

Abriram suas nádegas, passaram a língua.

Clube Proibido [completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora