Capítulo 136: Massagem

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Suelen suspirou fundo diante do espelho. Estava tão nervosa quanto excitada com aquela experiência. Esperava um homem velho ou franzino como massoterapeuta, não um barbudo musculoso e terrivelmente cheiroso. Seu marido jamais poderia desconfiar, possessivo como era. Mas sua preocupação naquele momento era o corpo. Ficaria nua na frente de um estranho! Daquele estranho.

A jovem retirou a blusa e colocou no gancho, na parede perpendicular à do espelho, onde já estava sua bolsa. Avaliou-se de sutiã. Sua barriga já fora mais bonita quando havia malhado, mas não era feia. Havia uma gordurinha extra ali, mas nada que saltasse aos olhos; de blusa era totalmente imperceptível. Fez poses, estufando os seios médios, experimentando o cabelo escuro em diferentes ângulos. Às vezes arrependia-se de tê-lo cortado na altura dos ombros. Achou-se linda. Sorriu satisfeita. Desabotoou a calça jeans e a retirou, ficando agora apenas com as peças íntimas. Virou-se, apalpando as próprias nádegas. Não tão duras quanto antes, mas macias como sempre. Suelen sabia que nada aconteceria entre ela e o profissional, mas a ideia de ter outro homem tocando seu corpo era fabulosa. E não seria infidelidade. Havia sido fiel por bastante tempo, mesmo o marido sendo mais velho e viajasse bastante como empresário. Era apenas um serviço profissional.

Apenas com a calcinha, ele havia dito.

Suelen retirou o sutiã devagar, contemplando os próprios seios serem lentamente revelados. Perguntava-se se ele os tocaria. A ideia a fez estremecer.

Por fim, enrolou-se na toalha branca e saiu do banheiro, caminhando descalça pelo chão frio. O quarto de massagem era simples, mas bastante aconchegante. Era de certa forma desconfortável ser atendida em um quarto de hotel, mas como o massoterapeuta havia lhe dito, era provisório enquanto a clínica estava em reforma. Contudo ali havia o que era necessário: uma maca própria para massagem, com orifício para o rosto, em forma de ferradura, luz amarela e fraca, com velas e uma suave música de fundo. O barbudo a aguardava, vestido de branco do pescoço aos pés.

— Deite-se de bruços, por gentileza.

Suelen sentiu-se repentinamente constrangida. Agora era pra valer: ficaria nua diante dele. Não pôde conter o enrubescimento. Baixou o olhar enquanto desenrolava a toalha. Ele, porém virou-se de costas, para uma mesinha com óleos variados. Suelen deitou-se, aproveitando a deixa. Ele logo se virou, com a mão estendida para pegar a toalha. Dobrou-a e colocou-a sobre o quadril de Suelen, cobrindo a área da calcinha e deixando-a bem mais relaxada e confortável.

— Deixe o corpo inteiro relaxar — ele recomendou, enquanto ela sentiu um óleo morno tocar suas costas.

Foi enquanto o óleo era espalhado que Suelen sentiu pela primeira vez as mãos daquele homem. Eram firmes e másculas, embora fossem macias. Um lenhador sem calos, pensou com um sorriso, deixando a pele dele deslizar sobre a sua. O toque forte e preciso passeava das costas para os ombros, seguindo o percurso se um braço após o outro. Suelen sentia-se cada vez mais leve, entregue à magia do contato humano. As mãos do massagista eram precisas em pressionar seus pontos-gatilho, liberando a tensão. Após alguns minutos acima no torso e braço, ele deslizou para a cintura. Suelen sentiu um arrepio quando ele arrastou a toalha um pouco para cima, mas logo percebeu que era apenas para deixar as pernas livres.

Mais óleo. As coxas eram sensíveis ao toque. Involuntariamente o espalhar do unguento pela região deu-lhe pequenos choques no meio das pernas, pequenas contrações que a deixavam úmida onde o óleo não teria como alcançar por conta da calcinha. Suelen engoliu em seco. Ele perceberia que ela estava ficando molhada? Para seu alívio (e decepção?) as mãos iniciaram uma drenagem linfática, pressionando e arrastando a pele coxa abaixo. Então panturrilhas. Então pés.

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