Capítulo 128: A mais pura satisfação

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Transar sob uma cachoeira era algo completamente novo para Paula. Gozar embaixo de uma cachoeira então era um verdadeiro encontro com o Nirvana. Enquanto nadava de pernas bambas, completamente nua, Feiticeira havia deixado de lado todo o medo que antes sentira. Aquela queda d'água cercada de rochas e muito verde, em um riacho límpido, com sons de pássaros e ar puro, era o cenário perfeito para ser chamado de paraíso. Iguana era realmente uma máquina de dar prazer. Havia feito com que ela tivesse um orgasmo em pé, de costas, com a água da cachoeira caindo sobre ela. Seu humor aumentou consideravelmente, junto com sua imprudência. Sua cautela havia ido pelos ares.

— Vamos voltar — chamou Iguana nadando em sua direção. — O almoço deve estar pronto.

— Achei que estivéssemos sozinhos.

— Uma equipe veio cozinhar e deixar tudo no ponto. Devem ter partido de caminhonete quando voltarmos.

Ela estava mesmo precisando repor as energias da caminhada e do sexo selvagem na água. Era aquilo que queria para sua vida: natureza e orgasmos. Já fora do riacho, caminhando sobre as pedras até onde haviam deixado as roupas, Paula fez menção de pegá-las, mas Iguana a impediu.

— Não precisa ter pressa para se vestir. Vamos aproveitar a natureza como viemos ao mundo.

Ela sorriu, adorando a ideia. Caminharam nus todo o percurso de volta ao sítio enquanto Iguana carregava as roupas no ombro. Enquanto conversavam, Paula admirava as tatuagens dele, lembrando-se porque o havia conhecido em primeiro lugar. Isso lhe causou um calafrio nas costas nuas. Teria ele já sido chantageado, como acontecera com Heitor Pimenta? Ou não tinha a ver com chantagem? Talvez não, ela pensou. Se Heitor queria matá-la, então Iguana também deveria querer, não transar com ela e tentar impressioná-la.

— Olhando assim você não parece ser um homem mau — ela comentou admirando-o enquanto caminhavam.

— O "Mal" é uma questão de ponto de vista. Todos somos maus quando colocados em situações-limite. Ou quando temos que escolher entre o que queremos e o que podemos. Se você se ativer ao que pode, somente, provavelmente não vai muito longe. O querer deve ser mais forte, não deve ter condições, sem restrições. Danem-se os meios se o fim compensar para você. No fim você pode tudo o que quer. Você pode. Você tem poder.

— Limites são importantes — ousou um pouco mais: — Matar, por exemplo, deveria ser um limite.

— Matar é fácil, Scarlet. Você pisa em um inseto sem remorsos, porque é convencionado que é apenas um inseto. Quando se coloca na cabeça que pessoas são apenas pessoas, pisoteá-las também não traz remorso algum. Eu prefiro os insetos — riu.

Ouvir dele que matar era algo simples serviu para alertá-la do perigo que corria. Mas não podia deixar que ele percebesse sua inquietação. Iria aproveitar aquele encontro e então nunca mais o veria.

— Eu já disse que suas metáforas são mórbidas?

— Eu já disse que você é perfeita?

Vestiram-se ao chegarem ao sítio, ambos famintos. A mesa onde mais cedo havia um banquete de café da manhã agora tinha uma rica variedade de pratos para almoço, dignos de uma cena de filme. Paula resolveu não parecer maravilhada, por mais que estivesse. Sua estratégia agora era fingir que aquilo tudo era normal. Se Iguana estava tentando impressioná-la, com certeza ficaria decepcionado.

Era incrível como Iguana conseguia manter o carisma sempre presente, fazendo com que Paula se sentisse cada vez mais segura e confortável em sua presença, mesmo que ela soubesse que corria grande perigo com aquele homem. Mas era uma delícia conversar com ele. Seu senso se humor sempre ácido, suas metáforas inteligentes, seus elogios perspicazes... Ele sabia como manter uma mulher interessada.

E molhada.

Poucos minutos depois estavam em uma suíte luxuosa, sobre uma cama king, transando enlouquecidamente. Eles queriam devorar um ao outro e isto estava mais que claro na maneira com que se beijavam, tocavam, lambiam, chupavam, penetravam. Feiticeira tremeu enquanto gozava na boca de Iguana em um orgânico sessenta e nove. Fez questão de fazê-lo gozar na sua também e engolir tudo. Para sua surpresa, ele não quis descansar para se recompor; logo estava sobre ela novamente, penetrando-a com furor, de frente um para o outro, com os olhares se cruzando com ferocidade. A glande dele roçava exatamente em seu ponto G, culminando em um novo orgasmo. Três orgasmos no mesmo dia? Qual seria seu recorde?

Uma pausa para se curtirem e se acariciarem abraçados, tornando um só seus suores de prazer.

— Confia em transar com uma estranha sem camisinha? — ela indagou, com a mesma preocupação que a havia ocorrido no Clube. O rosto estava quase colado no dele.

— Você também confiou em mim — deu-lhe um beijo na testa. — Foi um risco que corri, mas seria inadmissível sentir você através de um pedaço de látex. Eu quero experimentar com meu pênis o que saboreei com minha língua. Você é suculenta.

— Somos dois irresponsáveis.

Ele apenas sorriu e a beijou. Um beijo carinhoso que foi esquentando e culminou em mais uma transa. Paula cavalgou como se não houvesse amanhã. Queria ser preenchida, queria senti-lo por inteiro. Como queria que ele gozasse dentro! Ela tomava a pílula. Não haveria problema algum. Por isso ela fazia questão de rebolar e quicar sobre o membro rijo de Iguana, que não aguentou e despejou todo seu prazer dentro dela. Paula queria gozar mais uma vez, apenas mais uma. Continuou cavalgando, delirando com a expressão de clímax no rosto do amante. Sentiu formigar dentro da vagina, sentiu seu pontinho ser mais uma vez atiçado. Então gozou, sentindo o sêmen dentro dela despejado se espremer entre sua fenda encharcada e o pau pulsante de Iguana.

Ficou caída sobre ele, a cabeça repousada em seu peito, olhos fechados e a expressão no rosto da mais pura satisfação.

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