Capítulo 84: Fantasma

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O taxista estava sem reação. A testa suava, o coração batia descompassado, os olhos mal conseguiam se manter na estrada escura, focados no retrovisor. No banco de trás, a morena esfregava a calcinha, com uma perna e a saia levantada. Que corpinho de deusa era aquele? Parecia um dos vídeos pornográficos que ele costumava assistir. Engoliu em seco. Ela continuava, acariciando também o cabelo ruivo em rabo-de-cavalo sobre o ombro.

— Desde que ele terminou comigo estou assim — Valentina continuou a conversa, com o semblante triste. Incorporara uma personagem estilo ninfeta, burra e safada. — Eu sempre fui acostumada a transar todos os dias. Desde que ele se foi eu fico na vontade... E nunca mais me entreguei a ninguém, entende?

— Faz quanto tempo isso? — ele gaguejou, mantendo os olhos no meio das pernas da passageira, que a mesma continuava a acarinhar.

— Três meses.

O taxista estava prestes a surtar. Apenas os dois no táxi, ela claramente pedindo para ser fodida. Sua aliança ardia em seu dedo. Havia traído sua esposa apenas uma vez e com o tempo ela descobriu e o deu mais uma chance. Não queria decepcioná-la, mas...

— Desculpe este constrangimento — Ninfeta Ruiva continuou, mantendo seu teatro. — Mas se eu não passar a mão nela toda vez que der vontade de transar, eu entro em pânico. Nem sempre eu posso, por motivos óbvios, mas quando entrei no seu táxi, confiei em você... Comecei a sentir... — esfregou mais forte, o dedo médio dividindo introduzindo a calcinha molhada dentro da vagina, deixando deparados os grandes lábios carnudos.

O carro parou em um sinal. O taxista aproveitou para olhar para trás, para a carícia íntima da passageira.

— A vontade está tão forte que eu poderia enfiar alguma coisa em mim... Posso enfiar meu dedo? Por favor...

O taxista não resistiu:

— Enfia. Enfia o dedinho pra eu ver...

Valentina introduziu o dedo.

— Ai... — ela gemeu.

Ele mal podia acreditar naqueles pentelhos ruivos molhados.

— Posso... Posso chupar pra você?

— Você quer?

— Quero sim! — balançou a cabeça com pressa.

— Deixo você me lamber e enfiar seu pinto aqui dentro, mas...

— Mas...? — ele esperava por um "mas". Com certeza iria pedir dinheiro. Prostituta safada! Fosse o que fosse, iria pagar.

— Mas tem que ser em um local especial.

— Que local?

Valentina tirou o dedo da vagina e colocou na própria boca. Os carros buzinaram atrás deles; o sinal havia aberto.

— Tem que ser em minha casa.

— Tudo bem — acelerou.

O táxi percorreu as ruas do bairro. Era quase meia-noite. Tinha muita sorte, pensava o taxista. Ninguém iria acreditar naquela história.

— Vire à esquerda — Valentina continuou a se masturbar.

Entraram na rua de um cemitério.

— Pode parar — disse ela rente ao portão da necrópole.

— Mora por aqui? — olhava para as casas do outro lado da rua.

— Eu amava meu namorado. Ele gostava tanto que eu fizesse sacanagens enquanto ele dirigia...

O taxista franziu o cenho, estranhando. Ela abriu a porta.

— Pena que só ele sobreviveu ao acidente. Fiquei tão sozinha desde então... — saiu do carro, ficando em pé ao lado da porta do motorista.

O taxista sentiu um calafrio medonho. A garganta travou, o rosto empalideceu. Sabia que havia algo errado, mas não que se tratava de...

Ela encostou o rosto na janela, sorrindo.

— Vamos?

Ele pisou no acelerador. Quase capota ao fazer a curva na esquina.

Valentina deu uma gargalhada. Na rua que começava de frente para o portão havia um carro vermelho estacionado. A porta foi aberta. Paula juntou suas gargalhadas às da ruiva.

— Nossa, pena que não gravamos isso!

— Verdade! Posso desligar o viva voz? — disse retirando o celular do bolso.

— Pode sim, já desliguei a ligação — Paula e Valentina deram um hi-5.

— Foram os quinhentos pontos mais fáceis da minha vida — a ruiva comentou, seguindo Paula até seu carro.

— Estes desafios por fora do aplicativo são demais.

— E você tem que gastar os pontos extras que tem ganhado. O tempo voa! Quantas semanas no Clube?

— Essa é minha quarta — disse enquanto as duas entravam no carro.

— Você vai longe. Perdi a conta de quantos desafios já cumpriu, e todos com sucesso.

— Para ser exata, treze pelo aplicativo e quatro por você. Os seus são bem fáceis, na verdade — riu.

— Os seus é que envolvem cemitérios e fantasias medievais.

— Falar nisso o Ludo ainda pergunta por você. Não canso de te agradecer. Fez do meu amigo o cara mais realizado do mundo.

— Disponha.

— Quer ir pro Clube?

— Bora?

— Vamos, que esse cheirinho de boceta de ninfeta me deixou excitada.

Valentina riu.

— Sapato.


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Também agradecemos, Valentina!

Clube Proibido [completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora