ANNABETH - A Agulha de Cleópatra

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ANNABETH

Acho que não preciso dizer que eu não gostava da situação. Estávamos eu e Percy sozinhos para tentar lidar contra tantos monstros. Imagino que Will e Nico também teriam seus problemas para enfrentar a parte deles. Embora a maioria dos monstros não perturbassem os humanos normais, não podíamos deixar aquela situação daquele jeito. Seja lá o que os humanos normais tenham visto o caos já havia se instalado no Central Park. Desse jeito, seria questão de minutos para que a polícia ou algo do tipo chegasse e, consequentemente, a situação piorasse.

Sabe, certas horas eu me pergunto por que eu não poderia simplesmente ser uma menina normal com preocupações normais como faculdade, amigos, família, namoro... E não ter que acrescentar a essa lista monstros, deuses, magia e todo esse tipo de coisa. Já que não posso fazer nada quanto a isso e como alguém tem que impedir o plano daqueles monstros estranhos, não pude fazer nada além de suspirar ao deixar minhas ideias de uma vida normal, sem graça e tranquila de lado e então começar a passar para Percy o meu plano.

— Eu tenho uma ideia, mas você não vai gostar – Foi à primeira coisa que eu disse para Percy depois de tentar, o mais rápido possível, pensar numa situação para o nosso problema.

Depois que Nico e Will saíram, em uma situação ideal, eu teria me escondido num lugar calmo ali perto, como o parquinho de crianças, para pensar numa estratégia. No entanto, como alguns monstros atacavam civis, não tínhamos essa mordomia.

— Se for uma ideia, tá valendo – respondeu ele.

— Os monstros estão praticamente todos ignorando as pessoas e, se olhar bem, também não as deixam aproximar-se ou permanecer no Central Park – eu fui explicando enquanto tirava o meu boné da minha bolsa. Não era um boné qualquer, se eu o botasse na cabeça, eu ficaria invisível.

— Notei. – respondeu Percy.

— Eu posso me esconder com o boné. Seguir eles para descobrir o que querem lá dentro. Deve ter alguma coisa. Todos eles seguem esse caminho pela lateral do Museu Metropolitano de Arte.

— Você está pensando em ir sozinha?

Sabia que o Percy ia reclamar dessa pequena parte do plano. Mas não, eu não planejava ir sozinha. Quer dizer, não de certa forma. No entanto, não tínhamos tempo para discutir, tínhamos que ser rápidos.

— Não. Eu disse que tenho um plano não disse? Tenha calma e o escute. Do outro lado do museu de arte tem um lago bem grande

— Lago esse que provavelmente está congelado. – disse ele. - Ok, oficialmente já odeio esse plano e nem sei ainda o que você quer que eu faça com esse lago.

— Você vai até ele, tente criar ondas, o mais alto que conseguir. Use-as para carregar os monstros, afoga-los ou simplesmente distraí-los. Tanto faz. – expliquei.

— Mas você, teoricamente, não vai estar lá no meio? – Percy perguntou sem deixar escapar esse detalhe.

— Tentarei ficar perto do Museu de Arte. Conte uns 5 minutos antes de jogar a onda para eu ter tempo de ir.

— Não gosto disso. – respondeu Percy.

— Tem um plano melhor? – perguntei botando o boné.

— Tome cuidado. – respondeu ele depois de suspirar.

Eu abri um sorriso. Odiava quando a gente se colocava nessas situações complicadas e que botavam nossas vidas em risco, mas esquentava meu coração quando ele mostrava-se preocupado comigo. Enquanto a situação me dava calafrios, Percy me esquentava apenas com sua simples presença. Para retribuir isso, eu me aproximei dele e dei-lhe um rápido, mas doce beijo em seus lábios.

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