ALEX - Tentando colher informações

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ALEX

Antes de eu estar andando preocupada de um lado para o outro no corredor, eu estava dormindo e antes disso estava na enfermaria com o Magnus. Ele não tinha nenhum ferimento preocupante nem nada do tipo. Estava lá, segundo a médica, por precaução. Afinal, estava bem fraco e o fato do Jacques ter voltado a ser pingente não ajudou muito. Fiquei esse tempo todo que fiquei ao lado de Magnus pensando no... deus... ser.. ou sei lá que vi aquele dia em Israel. O fato de Leo ter mencionado que estava indo para a Nigéria, fez a memória surgir em minha mente novamente. Seja lá quem era aquele homem que vi, eu tinha certeza que devia ser africano.

Mas, quanto a ficar na enfermaria com Magnus, eu bem queria ficar mais lá, assim como Zia que estava ao lado de Carter, mas logo a médica nos expulsou de lá e mandou a gente ir dormir. Sem ter muitos argumentos mais convincentes do que os dela, eu acabei indo fazer exatamente isso. Peguei um dos quartos livres, que felizmente estava bem equipado com cama, cobertor e até uma escrivaninha com uma cadeira, e dormi. Mas não foi um sono muito pesado e nem durou tanto quanto eu gostaria que ele durasse. Porque eu comecei a ter um sonho.

Só o começo do sonho me deixou de estômago embrulhado, pois reconheci bem o lugar meio desértico, com poucas plantas e com o mar no horizonte. Era aquele mesmo lugar em Israel que, no meio de uma luta perto do obelisco egípcio, o TJ morreu. No começo, foi só a imagem do lugar mesmo, até que apareceu uma pessoa que me lembro bem de ter visto naquela mesma ocasião, só que rápido e breve demais.

Era um homem, ou assim parecia, bonito, negro, forte, mas baixinho e com um olhar muito sério. Usava uma saia dourada florida com uma espécie de avental azul por cima. Tinha brincos de argolas enormes e na frente do rosto, escondendo-o, estavam penduradas várias pérolas que iam de um lado para o outro. Como um colar que por algum motivo a pessoa resolveu colocar na frente da cara ao invés de pendurado no pescoço. Para completar o visual, tinha também um chapéu dourado que eu apostaria uma action figure que era feito de ouro.

No sonho, o homem me encarou. Só isso. Mais nada. E só isso me deixou arrepiada. Fiquei lembrando do Leo falando que tinha que ir para a Nigéria com um amigo. Eu não sabia nada de deuses africanos, mas eu sentia que aquilo era um deus africano. Se era da Nigéria ou não, isso era outra história. Mas eu queria apostar que era sim.

Sei que não foi um sonho muito agitado, mas isso foi o suficiente para me fazer acordar agitada e de repente. Eu tive a sensação de que só tinham se passado no máximo 1 hora desde que me deitei, mas me surpreendi, ao notar pelo relógio na parede, que já passava um pouco de meio-dia.

Assim, querendo resolver essa situação logo, me levantei da cama e fui atrás do Leo e do amigo dele que eu não sabia o nome. Não precisei andar muito pelo corredor até encontrar o quarto com o nome do Leo logo ao lado do da Calipso e de um tal de Olujime que, por eliminação, deduzi ser o amigo deles. Eu já estava indo bater na porta quando Rosa apareceu comendo um pacote de salgadinhos.

- Eles estão dormindo. - alertou ela antes que minha mão fizesse qualquer barulho na porta de Olujime - Não acho uma boa acordar eles. Parece que chegaram bem tarde. Ou melhor... bem cedo.

Minha mão começou a abaixar lentamente pensando naquilo melhor, mas minha ansiedade não abaixou nem um pouquinho.

- É muito urgente? - perguntou ela - Não deve demorar muito mais para eles acordarem.

- Não sei nem se ele saberia responder... - eu disse suspirando e começando a andar de um lado para o outro - Queria saber quem é o cara que vi nos meus sonhos e em Israel.

Foi nesse momento que Frank veio descendo o corredor e se juntou com a gente. Acho que ele não demorou a notar minha frustração, pois a primeira coisa que ele perguntou foi:

Os Deuses da MitologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora