CLARISSE - 1.102 estrofes e 8.816 versos

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#### AVISO IMPORTANTE ####

Os capítulos anteriores foram alterados para considerar as mudanças ocorridas em 'Provações de Apolo : Tumba do Tirano'. Esse capítulo especificamente não tem spoiler (mas esse aviso sim kkk). A partir daqui, em qualquer momento pode ser mencionado um spoiler do livro.

Coisas que foram mudadas:

* Foram alteradas as apresentações e menções pontuais da Reyna e da Hazel considerando que a Hazel é pretora e a Reyna não *

* Foi incluído o motivo que levou Reyna a não estar com as caçadoras no momento. A explicação inicial é apenas matar saudade, mas ela continuou lá por pedidos de Ártemis também. Situação vai ser mais explicada depois direitinho para vocês não terem que voltar para capítulo algum para saber o que está rolando. Apenas deixei mencionado nos capítulos anteriores que tem um motivo sim pra ela ter voltado. *

CLARISSE

Uma pausa em toda aventura asteca e maia, sim? Vamos deixar as américas para trás e voltar alguns vários dias também. A gente também merece contar nosso lado da história e eu também mereço narrar um pouco dessa confusão toda que a gente se meteu. Se bem que confusões nem são tanta novidade mais para nós. A novidade era o tanto de gente envolvida. Acho que estamos quebrando um novo recorde de tanto de mitologia na mesma bagunça.

Sendo assim, a partir de agora, bem vindos à Lisboa.

Depois de sair dos Estados Unidos com um barco quase vazio, cruzamos o oceano com alguns vários problemas acontecendo ao nosso redor até nos juntarmos com o resto das caçadoras de Ártemis numa cidadezinha espanhola perto de Gibraltar. Desde então estivemos viajando juntas embora tenham surgido várias oportunidades e ideias de dividir o grupo em partes. No final, acabou decidido que nos dividiríamos depois de enfrentar o rio Lethe.

Tenho certeza que alguém, talvez algum filho de Atena, poderia lhe dar alguma explicação bem detalhada, cheia de referências históricas sobre os prédios que nos rodeavam em uma enorme praça cheia de turistas e com uma grande estátua no meio como marco. Eu só posso lhe dizer sobre ela que com certeza não aparentava ter sido feita nesse século e que se chamava Praça do Comércio. Eu teria escolhido um nome melhor. Talvez um dia ela tivesse mais cara de ser realmente um ponto de comércio intenso, mas o que eu via agora eram apenas alguns restaurantes caros nos prédios que a rodeava e alguns ambulantes tentando vender quinquilharias aos turistas que tentavam pegar o melhor ângulo de fotos para serem postadas em seus Instagrams.

Felizmente, nosso interesse estava no lado oposto da multidão irritante de turistas que tiravam fotos de um arco branco cheio de detalhes e frufru e levava para mais dentro da cidade. Tem coisa mais irritante do que as blogueirinhas? No lado oposto desse arco, ficava um cais que levava para um largo rio que banhava a cidade de Lisboa, o rio Tejo. O cais tinha uma divisão com a rua e então areia, como se fosse uma mini mini praia. Era nessa areia em que estávamos e, um pouco mais além, estava nosso barco, o Conte di Cavour, um belo exemplar de navio de guerra italiano da Primeira Guerra Mundial, que, naquele momento, provavelmente não passava de um iate ou um barco de turismo para os mortais que passavam.

- Algum sinal das ninfas? - perguntou Thalia para Ártemis que se aproximava de nós.

- Não. Nada. - disse Ártemis negando com a cabeça e soltando um pesado suspiro.

Já tínhamos parado em várias partes por ali do rio Tejo em busca das Tágides, as ninfas dele. Tentar falar com elas era o nosso primeiro passo antes de ir lutar contra o Lethe. Pegar mais informações e coisas do tipo. Até porque, um rio não é exatamente um ponto né? Ele é algo longo que continua e continua. Saber mais ou menos o ponto para onde ir ajuda bastante a deixar tudo mais rápido.

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