PERCY - A aula de espanhol finalmente foi útil

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PERCY

Era um pouco difícil pensar em lutar enquanto toda aquela deliciosa comida mexicana ia sendo digerida na minha barriga. Mas, mesmo assim, me levantei junto com os outros que estavam ali e me espreguicei me preparando para a batalha iminente. Claro que, apesar do longo histórico de problemas que eu já tinha me metido, eu não estava nem um pouco ansioso para me meter em mais uma batalha. Ainda mais quando estavam todos apostando em mim para lidar com Naunet, Tlaloc e a outra deusa que mexia com água e que tinha um nome muito complicado para eu sequer considerar tentar decorar.

- Posso levar um pouco desse taquito pra ir comendo no caminho? - perguntei pegando alguns junto com Alex.

- Claro... - respondeu Victoria.

- Em Chichén Itza... - disse Carter - Deve ter bem mais gente bem preocupante do que só o Quetzalcóatl né? Ao menos pelo tanto de monstros que vimos no Golfo do México.

- Até onde sabemos, ele não está sozinho lá. - disse Miguel.

- Aposto que todos eles estavam vindo para cá. Chichén Itza ou Teotihuacan. - disse Zia.

- Falando em Chichén Itza, tem certeza que quer ir no grupo de Chichén Itza? - disse Will para Victoria dando um leve relance de olhar para Rosa - Não prefere ficar perto dela ou algo do tipo?

- Me dói o coração mas sim, tenho. - disse Rosa - Não temos muitos maias aqui que saibam lutar já. Sou basicamente eu. Chichén Itza guarda a base maia. Eles são minha família. O mínimo que posso fazer é ir até lá e torcer para que os que não conseguiram fugir ainda estejam bem.

Era triste ver a dor no rosto de Victoria. Acho que uma dor que bem podíamos entender. Victoria eventualmente se livrou de suas coisas de cozinha e começou a, assim como nós, se preparar para a batalha iminente. Naquele momento, Rosa se aproximou dela enquanto arrumava uma espada em sua cintura. Foi engraçado ver a cara de completa surpresa que apareceu no rosto de Frank quando as duas garotas se beijaram.

- Vocês namoram?! - exclamou Frank vermelho como um tomate.

- Duh. - disse Rosa.

- Certo... deixe-me checar... - disse Annabeth - Temos um curandeiro ao menos para cada grupo, certo?

- Certo! - disse Magnus e Will ao mesmo tempo.

- Chichén Itza é um pouco longe daqui... - disse Carter provavelmente olhando a distância em seu celular - Será que tem como ter aquela carona super rápida como fez para nos trazer para cá?

- Humm... - disse Zac - Posso levá-los até o barco de vocês e vocês podem chegar até lá pelo mar. O bom é que podem ver como estão as coisas em Tulum também, que fica logo a beira do mar.

- Pelo o que Diego falou, tudo desde Tulum até Chichén Itza parecia estar infestado de monstros e problema. - disse Miguel.

- Quem é Diego? - perguntou Hazel.

- Foi o único que conseguiu chegar aqui fugindo de Chichén Itza. - disse Miguel - Está ainda muito machucado e cansado. Mesmo que tenhamos curado ele. Ele estava em Tulum, que fica bem perto de Chichén Itza. Então, por isso, tentou fugir para lá. Mas, não conseguiu pois todo o caminho entre os dois estava infestado de monstros e deuses como Quetzalcóatl indo de um lado para o outro.

Com a esperança de que o grupo que seguia para Chichén Itza encontraria mais algum sobrevivente, deixamos a Base Del Quinto Sol para trás e subimos de volta para o escritório da agência de viagem. Antes de sair dali, peguei um panfleto com fotos do mar cristalino e paradisíaco que formava a incrível vista de Cancún.

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