WILL - Um susto nas margens de Istambul

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olá. bem vindos a mais um cap. esse tem algumas observações importantes:

1 - uma tradução em francês que um personagem associa pode não fazer sentido se você não lembrar que eles falam inglês. "ensemble", do francês, juntos, é a mesma palavra usada em inglês "ensemble" pra mesma coisa praticamente.

2 - Aqui temos coisas que de certa forma se impactam com o livro O Sol e A Estrela. depois de ler o livro , cheguei a conclusão q infelizmente n consigo fazer com que ele tenha acontecido antes da fic então infelizmente estamos aqui fingindo que ele não existe. uma pena. e é isso, espero q gostem do cap.

WILL

Os barulhos da luta do lado de fora entre Anúbis e o monstro de pedra, Ullikummi, continuavam. Nós quatro nos dividimos em cada janela, eu e Nico em uma, Sadie e Sam na outra, enquanto gritamos um para o outro alguma ideia de plano e o caos na cidade continuava.

- TEMOS QUE TENTAR TIRAR ELE DO MEIO DA CIDADE PELO MENOS! - gritou Sadie provavelmente tentando fazer Anúbis escutar também.

Acho que não precisava ela gritar, pois imagino que Anúbis estava com a mesma ideia. A forma luminosa gigante com cabeça de chacal dele só alcançava o peito de pedra do monstrengo gigante de pedra hitita, mas provavelmente quanto mais o centro de Istambul se aproximava, maior ficaria a concentração de pessoas, prédios e carros. Isso era um mau sinal. No momento ainda estávamos dando sorte que estávamos numa rodovia espaçosa, pois tinha espaço para o monstro correr, mas isso não tirava o impacto que era cada passo pesado que ele dava. Era como um terremoto.

Carros na rua já tinham parado de seguir, achando que era de fato um terremoto, e imagino que as rachaduras na pista não deixassem ninguém mais tranquilo também. Prédios tremiam, pessoas gritavam, sirenes começavam a soar... era o caos.

O jeito que Anúbis encontrou de atrasar o Ullikummi sem causar muitos danos e mortes devido ao pouco espaço foi uma espécie de briga de forças. Um cabo de guerra sem corda, por assim dizer. Tinham trocado uns golpes no começo, o Ullikummi tentou brigar com Anúbis algumas vezes, outras tentou se livrar dele e continuar o caminho atrás de nós. Mas naquela altura, estavam se empurrando pelas palmas das mãos, o que certamente não era muito vantajoso para Anúbis, que tinha menos altura que o Ullikummi. Os dois se empurravam, mas pela altura também significava que Anúbis tinha que empurrar para cima também além de pra frente e o Ullikummi para baixo, o que era muito mais fácil. As rachaduras embaixo dos pés luminosos de Anúbis já mostravam qual lado estava com vantagem naquela briga de força bruta.

- PARA ALI! - gritou Sam repentinamente.

- VIRANDO ALI! - completou Sadie, apontando para o lado de fora da janela.

- O que tem aí? - perguntei.

- Não tem prédio algum! - disse Sam apressadamente - Parece ser um campo vazio que vai dar no mar.

- E o cocheiro tá sequer entendendo vocês? - perguntou Nico apressadamente indo para a janela da frente, que dava logo de cara com o cocheiro.

Eu corri atrás de Nico. Nenhum dos dois sabendo francês, o cocheiro até agora não demonstrando saber nada além de francês. Nico colocou a cabeça pra fora sem rodeios e começou a gritar em italiano.

- Girarsi! in quel campo! verso il mare!

- El mar! El mar! - tentei no pouco espanhol que tinha adquirido na escola.

Continuamos apontando para a direção que Sadie e Sam apontavam, seja lá como era "mar" em francês, ele pegou a mensagem. Ele fez uma curva brusca, antes que perdesse a última oportunidade que poderíamos ter de fugir do caos da cidade grande. A carruagem sacudiu violentamente enquanto passávamos por cima dos obstáculos que separam a estrada da entrada do campo, e continuou tremendo de leve quando o asfalto virou o terreno irregular da natureza.

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