MALLORY
Eu tinha pedido pro Jacques narrar essa droga já que o Mestiço só negou com a cabeça, mas Jacques, a espada faltante idiota do Magnus, começou a falar todo pomposo de como ele levaria tempo e queria narrar da melhor forma Shakesperiana possível. Então, sobrou pra mim. Claro que tem motivos porque não perguntei também para Magnus, Alex e TJ, os outros ocupantes do andar 19 de Valhalla comigo. Mas vou chegar lá ainda. Não apresse as coisas.
Eu já estava começando a ficar ofegante no meio de tantos monstros e segurava as adagas como se fossem um bote salva-vidas. Às vezes o ataque é a melhor defesa, então saía fatiando qualquer um que tentasse chegar perto de mim. Claro que toda a força e agilidade adquiridas como einherjar (um jeito chique de falar que estamos mortos e vivemos em Valhalla), eram bem úteis em situações como aquelas, mas eu ainda queria ter algum poder legal como Magnus ou como Alex. Felizmente, eu podia confiar bastante em minhas habilidades de luta a ponto de uns 6 ou 7 monstros já terem sido fatiados pelas minhas mãos naquele momento enquanto os machucados mais grave que eu possuía era um corte diagonal nas costas e os joelhos ralados.
Eu corri, usei o corpo caído de um monstro para me impulsionar no ar e pular nas costas de um monstro alto enfiando então uma adaga em seu ombro direito e a outra na dobra do pescoço com os ombros. Quando o monstro começou a cair, para frente felizmente, eu me segurei firmemente e ele serviu-me como um bom amortecedor.
Eu me levantei, peguei minhas adagas ensanguentadas de volta e sacodi a cabeça levemente me sentindo meio tonta e com dor de cabeça. Foi nessa hora que um monstro chegou por trás sem eu notar mas ele não durou muito pois Mestiço chegou correndo, berrando e urrando e acertando o monstro violentamente com o machado.
- NÃO TOQUE NELA - berrou ele.
- Sabe muito bem que sei me defender sozinha! - reclamei e ele abriu um sorriso desafiador.
- É nessas horas que você diz "obrigada". - ele disse e eu suspirei
- Obrigada - eu disse revirando os olhos mas sem conseguir evitar abrir um pequenino sorriso para meu namorado.
Foi nessa hora que ouvimos o grito de Magnus. Isso nos fez voltar nossas cabeças para a luta imediatamente e olhar ao redor atrás da origem do grito. Estavamos todos separados já à essa altura.
- ALI! - gritou Mestiço ao ver a cabeleira dourada de Magnus.
Corremos em direção ao nosso amigo derrotando qualquer monstro em nosso caminho mas parei ao olhar para o céu e ver Alex caindo. Rapidamente vi Sam chegando na forma de algum pássaro tentando salvar a irmã então, já que eu não sabia voar mesmo, deixei meu olhar ser atraído para a outra coisa que me preocupava ali agora. Voando, não muito longe de onde Alex estava sendo salva por Sam, havia um corvo. Meu primeiro pensamento foi que era um corvo de Odin observando a briga, mas o frio que percorreu meu coração logo mostrou que esse não era o caso.
O gelo que passou em meu coração e a cor que fugiu de meu rosto sabiam quem realmente era aquele corvo. Eu já tinha ouvido histórias quando morava na Irlanda. Morrigan. A deusa celta que anunciava a morte e, de quebra, ainda deixava exércitos confusos. Talvez isso explicasse essa dor de cabeça fudida.
- Mallory! Acorda! - gritou TJ - Precisamos de uma ajudinha aqui!
Eu olhei em diante e vi que ele, Mestiço e Jacques serviam de barreira na frente de Magnus para afastar algo dele. Todos já estávamos bem machucados. Eu não podia ver esse algo porque aparentemente esse algo era invisível. Eu só tinha certeza disso porque pude ver que os golpes de Mestiço e Jacques e os tiros de TJ atingiam algo. Jacques flutuava no ar atacando o monstro invisível, Mestiço rugia e atacava com tudo e TJ ficava à poucos metros de Magnus atirando. Deixei meus devaneios e corri na direção de meus amigos notando que Magnus estava jogado no chão desmaiado, com hematomas e com sangue escorrendo de seu nariz e boca.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Os Deuses da Mitologia
FanfictionCONTINUAÇÃO DOS LIVROS DO RICK RIORDAN. E se os egípcios, gregos, romanos e nórdicos do mundo do Rick Riordan se vissem em um problema enorme que acabaria por ter que obrigar todos a, não só se conhecerem, como também terem que enfrentar uma situaçã...