Me levantei do sofá indo para a cozinha, pondo o prato na pia e tomando uma água. Se ele pensa que voltando pra cá ele vai me fazer de otária e que eu vou tapar o sol com a peneira ele está bem enganado. Posso até voltar, mas será tudo diferente por bem ou por mal, estou nem aí é com ele mesmo.
Leonel: Mô para com isso vai, não estraga o clima que está entre a gente. -Disse me abraçando, afundando seu rosto no meu pescoço.
Crislayne: Tá bom. -finjo estar tudo bem, forçando um sorriso falso; na verdade já estar tudo estragado, não tem mais clima!Passamos o restante do dia aqui e a noite já dispostos fomos para a casa em que atualmente moramos, morávamos...nem sei mais. Me deparo com tudo já pronto em caixas para mudança, eu tomei até um choque, que decepção! Digo é nada.
Leonel: Se arruma que a gente vai sair pra jantar. -avisou indo para o banheiro.
Ele é quem manda né?! Tudo que ele estava ordenando eu estava fazendo, eu estou me sentindo a marionete dele pra ser sincera e não estou nada satisfeita com isso. Eu sinto a mudança só em vê-lo, mas ele força em mostrar que ainda estar na graça...sabe nem fingir, falso!Estávamos num restaurante na Lagoa ambiente maravilhoso e a vista então, era divino e num papo agradável. Mesmo ele não sendo mais do tráfico tínhamos nossos momentos de luxo sim com a renda que consegui levantar em cima daquilo que um dia tivemos muito, fui esperta pensando no nosso futuro. Eu consegui a tempo abrir uma distribuidora de gelo que transmite pra favela inteira e pra fora também e durante um tempo por ordem e ajuda dos ronca da favela os moradores só podiam encomendar gelo na minha loja, e isso foi o que me ajudou bastante quando meu marido caiu, sou grata e hoje em dia cresço aos poucos graças ao gelo. Tive ainda oportunidade de agraciar minha mãe com uma loja de roupa que é intacta até hoje, na época era para "lavar" sim o dinheiro que entrava só que depois parou de entrar; aonde hoje ela revende inúmeras marcas e outros tipos de roupa e calçados, isso foi o que nos manteve e nos mantém até hoje e eu me do por satisfeita, preciso de mais o quê? Ao meu ver, absolutamente nada, só paz.
Ao sairmos de lá ele inventou de andar de pedalinho, foi tão gostoso, eu estava amando nosso passeio, uma delicia! Ficamos até tardes da noite dando rolé de turista no nosso país RJ.
Leonel: Gostou? -perguntou enquanto dirigia.
Crislayne: Você é demais, sem palavras... Amei! -Digo totalmente satisfeita; até me fez esquecer dos probleminhas de hoje mais cedo.
Leonel: Você merece né. -Falou do jeito indelicado dele; passeando uma de suas mãos na minha coxa.Ao invés de irmos para casa fomos direto para a favela e isso mudou meu humor completamente. Agora eu me pergunto, por que eu me acomodei tanto no aluguel? Talvez eu gostasse tanto do meu apartamento que cheguei ao ponto de me cegar e não ver que não era meu e que um dia eu teria que me desfazer dele, só não imaginei que fosse assim por ordem do meu marido, uma burrice não ter comprado aquele apartamento que condições eu tive. Burra por não ter tido cabeça para ter uma casa própria a não ser na favela, que pensamento pequeno foi o meu e hoje estou aqui angustiada e arrependida amargamente por isso, não com ele e sim comigo.
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Submissos -Amor e Tráfico 💚🔫💑 CONCLUÍDA!
Teen FictionEu vi todo o sacrifício que fiz se desmoronar por uma adrenalina que diz-se está na veia, na pseudo-vida que ele acha que é dependente Essa dependência que já nos fez sofrer Sofri, chorei mas recuperei Batalhei, suei, fiz renascer... Não aceito meno...