Narração: Crislayne
Acordei com uma enfermeira me chamando. E eu estava no oxigênio.
— Olá Crislayne, bom dia! Vou aferir sua pressão e em seguida você vai fazer um novo exame OK?
Crislayne: Tudo bem.
Bocejei.
Verificou minha pressão e vieram me buscar com uma cadeira de rodas e me levaram para uma sala de ultrassom. Eu comecei a chorar de nervosismo, eu não acredito que aquele tormento de cisto tenha voltado, fiquei muito nervosa.
Crislayne: Eu quero a minha mãe, cadê ela?
— Pode chamar a mãe dela, você precisa se acalmar para eu poder te examinar.
Crislayne: Eu não quero de novo vivenciar o que já passei, esse cisto me persegue!!!
Deusa: Fica tranquila minha filha, não vai ser nada de mais.Minha mãe me acalmou um pouco e só então me deitei na maca. Eu nem quis olhar para a tela, porque me vem na cabeça uma avalanche de coisas ruins, momentoa quais eu preferia não lembrar... Permaneci com os olhos fechados o tempo inteiro. De repente ouvi um som bem alto.
— Está ouvindo, o coração do seu bebê? —Disse o médico— Ele está muito bem.
Deusa: Meu Deus...
Eu fiquei em transe, a frase ecoava na minha cabeça, senti mobilidade no meu corpo.
Crislayne: Bebê? Isso é sério? -pergunto quase que sem voz.
— Sim. Olhe pra cá. —Ele virou a tela na minha direção, eu não sabia o que sentir, meu coração estava numa aceleração fora do comum— Ele já é bem grandinho, consegue ver as orelhinhas, nariz...dezessete semanas, aproximadamente cinco meses.Eu enxergava nitidamente o meu filho, conseguia ver sua cabecinha... Que bênção! Eu chorava tanto e ao mesmo tempo sorria. Enfim meu neném! O meu tão sonhado sonho de ser mãe estava se realizando...
— Já consigo ver o sexo, querem saber?
Deusa: Pelo amor de Deus, não queremos não! Eu vou cair dura aqui. -Disse e logo após saiu da sala- Tem um alguém que precisa ver isso doutor.
Quando olhei era o Leandro, o pai do meu filho. Aí que eu chorei ainda mais.O doutor liberou a sala, eu estava mais tranquila depois dessa notícia. Ele continuou a ultra e falando com outra médica.
Me sentei novamente e voltemos para o quarto, minha mãe e Leandro estavam juntos comigo.
— O seu sangramento não é menstruação. Você teve um pequeno descolamento de placenta, creio que com um repouso absoluto voltará para o lugar, ainda é muito prematuro. Então você ficará de repouso aqui e recebendo oxigênio, para você e o bebê.Eu fiquei um pouco triste mas preferi não me importa para não atrair coisa ruim.
Deusa: Parabéns minha filha, chegou a sua hora! -Falou, com o rosto inchado e os olhos vermelhos.
Eu estava com uma certa vergonha do Leandro não sei porque.
Pelé: Parabéns pra nós amor! Eu vou ser pai! -Disse todo bobo; quem ver até pensa que não tem filhos.Eu não sabia explicar o que eu sentia mas eu só sentia, era um sentimento gostoso de se viver, como se tudo florescesse na minha vida, transformando a dor num sentimento bom.
Minha mãe foi em casa e o meu amor ficou comigo.
Crislayne: Obrigado por ter vindo.
Pelé: Tá maluca, é o meu dever me agradece não. Aí, essa é a primeira ultrassom que eu vi mesmo com tantos filhos, nem o moleque que é meu mesmo eu acompanhei.
Crislayne: Que bom, pelo menos você viu o nosso bebê! É um privilégio carregar um filho nosso. Só deus sabe o quanto eu sonhei e esperei, já cheguei a desistir mas não sou eu quem escolho né.
Pelé: É tudo no seu devido tempo, aí agora você vai ser mãe. A melhor mãe do mundo!
Nos beijamos.É uma honra!
Eu irei agradecer eternamente pelo meu presente, agradeço por esses cinco meses em silêncio dentro de mim.
Enfim, gravidissíma!
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Submissos -Amor e Tráfico 💚🔫💑 CONCLUÍDA!
Teen FictionEu vi todo o sacrifício que fiz se desmoronar por uma adrenalina que diz-se está na veia, na pseudo-vida que ele acha que é dependente Essa dependência que já nos fez sofrer Sofri, chorei mas recuperei Batalhei, suei, fiz renascer... Não aceito meno...