Submissos -Amor e Tráfico 💚🔫💑 CONCLUÍDA!

115° Capítulo

Narração: Crislayne

É...
Do jeito que a vida quer...
É, desse jeito!
Quando tem um plano tudo muda com um tempo; é só questão.

Essa semana carnaval vai chegar com tudo, todos animados e eu xoxa, só querendo minha loja pronta logo. Estou aqui no zoológico numa aula prática de como sedar, fazer aplicações, examinar animais...coisa linda! Cada dia é uma coisa nova e interessante, esse técnico é bem legal, eu só fiz no intuito de me ocupar e acabei me interessando e cada vez mais amando os bichinhos.

Quando a aula terminou fui para a casa da minha mãe.
Crislayne: Subi essa favela e essa gente me olhando como se eu fosse um alguém importante. -Falo prendendo o cabelo.
Deusa: Inveja, querem saber da sua vida... Num vê mais você aqui, deve achar que tu está na merda.
Crislayne: Inveja é pior que qualquer feitiço! -Digo me benzendo- Tô melhor agora, pode falar lá para eles.
Deusa: Come alguma coisa filha... Ai esá tão magra Crislayne, o que houve?
Crislayne: Estou malhando, dieta fodida para o carnaval.
Deusa: Nem precisa disso Cris. -Disse me reparando- Amanhã já vamos viajar, tu num vai não?
Crislayne: Para bater frente com o outro? Não. -respondo, já imaginando o inferno que seria- Fico em casa, vou nos blocos, vou ver minha mangueira entrar... -Falo séria, mas acabo rindo pensando besteira.
Deusa: Você e essa mangueira. -Diz com desdém- Sou mais a minha Grande Rio, eu hein!
Crislayne: Que nunca ganhou... Desculpa!
Papeamos por boas horas, até que o Gaspar chegou com quem eu menos queria ver...
Crislayne: Vou embora. -murmuro- Tchau Clarinha, dá beijo na irmã.
Leonel: Vai embora só porque eu cheguei, Crislayne?
Crislayne: Vou. -respondo sem nem o olhar.
Leonel: Pode deixar que eu saio pô.
Crislayne: Obrigado!
Ele saiu se fazendo de vítima, eu nem tchum. Se retire mesmo!
Gaspar:  Caralho aí, a Cris é sinistra mané, tu é do mal.
Crislayne: Nem fiz nada...
Compramos uns litrão e mandamos ver, com um som num pagode baixinho... Meu celular tocou, era o Leandro.

Início de ligação
Crislayne: Quem é vivo sempre aparece...
Pelé: Tu que some garota, está aonde?
Crislayne: Tô aqui na Penha, na minha mãe pô.
Pelé: Hum, vem aqui me ver pô tô com saudade de tu.
Crislayne: Dependendo da hora que eu for pra casa, eu te falo.
Pelé: Já é, é pra vim garota na moral...só me enrola mané.
Crislayne: Pode deixar surtado.
Pelé: Vai nessa mesmo, sou mansinho pô.
Crislayne: Beijos.
Fim de ligação
Seria uma boa ver esse gostoso hoje, estou afim de dar uma namorada daquelas hoje.

Um dia desses dei uns beijinhos no menino que faz curso comigo, gatinho até só que é muito diferente para mim, uma calmaria que não combina comigo, não tem adrenalina, não tem aquele calor, se é que me entendem. Para mim tem grande diferenças entre um menino tranquilo e sem maldades de um piranhão, sistemático. Quando eu paro para pensar legal é aí que eu vejo as diferenças e dou risada, mas ele é um menino muito gente boa, um amor de pessoa e me trata como uma lady, aliás eu sou uma lady!

Já estava ficando no brilho então decidi ir embora pra casa.
Crislayne: Mãe vou ralar agora.
Deusa: Tá bom, vai com Deus hein e se cuida e, para de ficar saindo assim que você não precisa disso pra ser feliz e tu sabe bem. -Diz em tom de sermão.
Crislayne: Preciso do que então, do Leonel? Para mãe! Tenho que sair sim porque quando eu morava com a senhora não podia por ser nova e bobona, logo em seguida me juntei num condenado que eu só podia sair com ele ou então lugares light, ah me poupe né??! -Digo mesmo, as palavras saiam involuntariamente da minha boca- Estou curtindo a minha liberdade sim e estou amando cada lugar que frequento.
Deusa: Calma Crislayne, não precisa me agredir não.
Crislayne: Sabe que eu te amo né dona Deusa? Beijos, fui!
Peguei minhas coisas e fui embora a pé mesmo, caminhando pela favela queria ver a rua, vou pegar o Uber na principal ali em Olaria. Pensando seriamente em ir para a NH, vou ficar em casa mesmo à toa e bêbada, carente e sem ninguém? Que sofrência Cris, logo você que tinha tudo a vontade...

Cheguei em casa rapidinho, paguei o Uber e desci do carro procurando minha chave na porta do edifício, ouço passos atrás de mim, logo pensei: fodeu, vou ser assaltada! Olhei para trás e não acreditei no que vi.
Crislayne: Você é louco, me seguiu seu psicopata! -exclamo assustada ao ver o cretino do Leonel.
Leonel: Só quero conversar com você, vim em paz Crislayne.
Crislayne: Quem vem em paz não segue não, seu ridículo.
Leonel: Só quero falar contigo Crislayne, na moral. -Dizia todo mansinho, querendo enganar a trouxa.