Eu vi todo o sacrifício que fiz se desmoronar por uma adrenalina que diz-se está na veia, na pseudo-vida que ele acha que é dependente
Essa dependência que já nos fez sofrer
Sofri, chorei mas recuperei
Batalhei, suei, fiz renascer...
Não aceito meno...
Antes de sair da favela bati de frente com a tal Bianca, atravessando a rua e eu meti o pé no acelerador que fez levantar poeira, botei ela pra voar bonito. A piranha encrenqueira ainda me viu e ficou xingando horrores. Que mania feia Cris, jogando o carro em cima dos outros, euhem!
Assim que cheguei em casa, tomei um banho e comi algo, minha cabeça estava lá ainda naquela favela. Vamos ver se a piranha vai cair na minha, se o Leonel vier meter as bronquinhas dele já sei que eles têm treta. A gente acaba se envolvendo sem nem sentir falei que não queria isso na minha vida só que é inevitável. Chega há um certo ponto em que a gente acostuma, por mal, mas acostuma. E quer sempre mais, tirar o máximo de proveitos e eu não tenho necessidade disso, só faço por raiva mesmo e por não ter mesmo o que fazer além de perturbar ele.
Fiquei de Papinho com a Karen pelo no zap adorando saber das novidades.
WhatsApp Messenger // Karen
"Não sei se ela sai com ele não, posso investigar pra tu." 19:22 Eu: Ai não sei, por ela ter esbarrado em mim à toa que não foi, tenho certeza disso. Eu: Joguei o carro em cima dela hj 😅 "Você é terrível mona!" "Foi estranho mesmo ou pode ser coisa da tua cabeça Cris, vou ver com alguma mina que anda com ela e te falo." Eu: Pode ser, mas acho muito difícil. Eu: Está bem! Qualquer coisa me chama aqui. Fiquei deitada na sala assistindo um filme qualquer e pensando no caos da minha vida. "Crisss??" 20:03 "Descobri kkkkk FBI sou eu porra!" Eu: Me conta. Meu coração iria sair pela boca, não estou preparada. "Ela já saiu com ele há um tempo atrás, diz que ele deu umas porradas nela aí ela não quis mais ele..." Eu: Eu quem tinha que ter dado, safada!!! "E descobri de uma outra que tem um filho." Eu: FILHO COM ELE??? EU VOU MATAR ESSE HOMEM! "Não sei, é bebêzinho." "Consegui foto dela aqui, uma tal de Mônique"
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Desabou tudo sobre minha cabeça... Quem mandou tu procurar também sua idiota, imbecil! Quem procura acha! É lei.
Eu tentei manter a calma, mas era inevitável, as lagrimas desciam sem esforços algum... Na minha cabeça passavam vários flashes do passado, agora filho, é demais!!! Filho com outra, construiu família nas minhas costas, me fazendo de otária, um filhO?? Eu que tanto sonhei em ter um filho com ele, o filho da puta vai lá e faz em outra? Isso é um absurdo! É inaceitável uma coisa dessa, eu não consigo acreditar que ele me traiu da pior maneira, inadmissível...
...
Acordei pela manhã com um barulho me dando um baita susto, estou assombrada. Ao olhar reparei que era o desgraçado do Leonel mexendo no guarda roupa. Eu lembrei da madrugada fria que tive e chorosa, me deu um gás e levantei com tudo feito furacão. Leonel: Bom dia! Crislayne: Bom dia?? -exclamo incrédula- Mais é muita cara de pau!!! Que nojo da cara dele! Fui para o banheiro para não voar em cima dele. Leonel: Cara de pau por que Crislayne? Fala aí... Falei bom dia pra não quebrar tua cara pô, indo pra lá jogar carro em cima dos outros, tu deve está ficando maluca mané! Só pode. Crislayne: A tua vagabunda reclamou né? É claro que ia reclamar com o patrãozinho dela. -desdenho revoltada. Leonel: Lá é outra coisa, não é igual aqui não! Tu se liga rapá, melhor tu entrar no eixo. Crislayne: E eu que nem uma idiota, sou uma otária mesmo! Você é outro sem noção, elas te come e ainda vem tirar marra comigo e o mais engraçado é que eu encontrei um cordão com o nome da vagabunda dentro da minha casa e quem esbarra em mim quando eu broto lá? Justamente a comidinha do meu santo marido. -conto enfatizando. Leonel: Você é maluca eu nem conheço a mina porra! Crislayne: Ah não né Leonel... E a Monique, o filho, você não conhece também? Leonel: Mônique, quem é Mônique agora? -Falou com sarcasmos, rindo; me fazendo mais ódio. Crislayne: Como você pode ter feito isso comigo, com filho e os caralho? Absurdo Leonel... Leonel: Você tá maluca, papo reto vou até sair daqui na moral.
Quando ele deu as costas eu chamei no pescoço dele com as unhas, ele já veio me empurrando no blindex e dando um soco no meu ombro, revidei com outro nos peito dele e segurei no seu rosto encravando as unhas com profundidade, com todo o ódio que nutri dele. Ele me empurrava contra o blindex e eu desferia sequência de socos e foda-se aonde pegasse. Recebi um certeiro no queixo que fez com que eu mordesse a língua, eu já estava cansada de lutar com ele e já sentia dores, o cansaço... Ele me segurou com as duas mãos e eu me debatia, não deixei mesmo ele me bater e eu ficar quieta apanhando. Crislayne: SAI DAQUI! -berrei- ME LARGA, SEU FILHO DA PUTA!
