50° Capítulo

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________17h00 da tarde

WhatsApp Messenger// Simone 💓

Eu: E como está aí? Tem como entrar?
"Está silêncio, me disseram que ainda tem militares pela favela"
Eu: Humm... Aqui já foram. Eu vou atrás do meu marido agora. Vou aparecer aí na sua casa. Bj!

Me arrumo depressa e parti pra lá, no meu carro. Não tem como ficar em paz numa situação dessa, quero pelo menos ter um sinal dele, saber de algo. Já liguei e não obtive resposta, já chorei, já orei e nada, nenhum rastro do meu marido, ahhh...

Assim que cheguei próximo vejo as tropas homens do exercito indo embora, transitando pela principal já fora da favela. Fui direto na casa da Sisi, desci do carro dando um abraço nela.
Simone: Entra aí.
Crislayne: Não, já tô de partida, vou atrás do meu marido que são muitas horas sem notícias já. -Falo com o coração apertadinho.
Simone: Eu ainda estou esperando, nada até agora só boatos até que ele morreu já falaram... -vontou com os olhos pequenos e vermelhos- Não estou preparada para isso, não mesmo.
Crislayne: Claro que não, ninguém morreu!! Não acredita em nada que essa gente fala não, eles não tem o que falar nessa porra e falam merda.
Simone: Tomara, tomara a Deus! Se você souber de qualquer coisa me avisa, por favor.
Crislayne: Com certeza, fica bem meu amor! Notícia ruim corre rápido.

Saí de lá sem nem direção, eu só estava seguindo em busca de um fogueteiro que seja, me deparo com bandidos transitando pela favela já e alguns parado de frente a uma aglomeração, parei o carro no meio da rua e desci deixando o desespero tomar conta de mim om os olhos tomados de lágrimas, empurrei até algumas pessoas para poder chegar mais perto e ver quem era que estava ali naquele meio, um cara me segurou.
Crislayne: Me solta caralho. -exclamo, dando um empurrão em seus peitos.
— QUAL FOI? — Berrou me encarando me segurando com mais força, eu taquei o foda-se.
Crislayne: Eu quero ver se não é o meu marido me solta, dá licença!
Ao ver aquela cena meu estômago embrulhou, me bateu uma ânsia de vômito e um desespero fora do normal... O cara estava com o rosto desfigurado como eu nunca antes vi, e graças a Deus não era o meu marido. Pude senti a dor que a mãe desse rapaz irá sentir ao ver, a mulher, à família...que horror,! Dói demais ver uma cena dessa, participar dela seria bem pior...

Agora eu tinha que me resolver com aquele bandidão, ele é louco de colocar a mão em mim?
— É o teu marido? — Perguntou de cara amarrada.
— MARIDO DELA?? ELE É O MEU MARIDO!!! ISSO É UM ABUSO!!! — Disse uma mulher desesperada, que eu nem vi de onde surgiu— Agora vai aparecer um monte de piranha.
Respiro fundo e ignoro, entendendo e a respeitando.
Crislayne: Não, não é o meu marido e calma! Sinto muito pelo seu marido, e eu estou no mesmo desespero que você.
— Quem é teu marido? Vários amigos foram encontrados mortos e meu chefe preso. —Falou o cara.

Ao ouvir isso eu fechei os olhos vendo tudo rodar passando um filme na minha cabeça, meu marido preso não! O homem saiu de perto de mim falando no telefone...

Submissos -Amor e Tráfico  💚🔫💑 CONCLUÍDA!Onde histórias criam vida. Descubra agora