Submissos -Amor e Tráfico 💚🔫💑 CONCLUÍDA!

177° Capítulo

Narração: Crislayne

Cheguei do Shopping com a minha bebê ainda pouco, me encontrei com a Evelyn, e com meu levado, Heitor. O menino cresceu tão depressa que ninguém viu, muito grande e esperto e fala tudo já. Daqui um dia é a minha Esther, não vou ter maturidade não, juro!

Tomei um banho e cuidei da minha filha, pedi uma pizza para mais tarde e fiquei de altos papos com a Lidi no zapzap.

WhatsApp Messenger// Lidi 💕

"Seus papéis foram assinados."
Eu: Nem brinca com isso, sério? Ele assinou mesmo?
"Sim! Vou levar pra tu por esses dias."
Eu: Ele é um amorrr,manda bjuuu! Kkk é verdade esse bilhete!
"Tadinho do meu mano assinou mas ficou horas para se decidir.
Eu: Tadinha de mim!! Para tá. Obrigada! ❣
Conversamos outras coisas no grupo, Patrick xoxando as amante e fiel que vão no ateliê dele, Jhully arrasando o marido, Lidiane toda apaixonada...e eu, só observando tudo.

Deu 00h, 01h, 02h, 03h...
Da manhã e nada do Leandro, aparecer, dar um sinal de vida. Ao mesmo tempo em que eu fico preocupada eu fico puta da minha vida, porque ele não avisa propositalmente. Mas, por precaução às 04h vou ligar já que nem o WhatsApp ele tem olhado. É na madrugada em que tudo acontece, mas eu tranquilizo para não criar paranóias. Esther, já acordou três vezes, mas mamou e dormiu, como sempre.

Meu celular vibrou, e era ele, o meu amor, graças a Deus.

Início de Ligação
Crislayne: Já ia te ligar, aconteceu alguma coisa, amor?
Pelé: Se liga, é papo rápido aqui, ó eu vou puxar o bonde pra Baixada, se eu não aparecer em três dias tu toma as providências já é?
Crislayne: Como assim Leandro? Puxando bonde pra onde? Seu dever não é esse. -Digo já nervosa.
Pelé: Não vou dá mole né Cris, só te liguei para não te preocupar.
Crislayne: Não faz isso, amor... -peço ainda prendendo o choro.
Pelé: Não dá, fica bem aí... Se cuida e cuida da menina. -Dizia todo seco.
Crislayne: LEANDRO, AONDE É QUE VOCÊ ESTÁ? -berrei- Por favor Lê, pelos seus filhos, vem pra casa. -suplico chorando, desesperada.
Pelé: É por vocês cara, fica tranquila, é por eles também.
Crislayne: Por eles? Contra eles né, você querendo deixar seus filhos órfãos.
Pelé: Já é Crislayne, tá tranquilo!
Crislayne: Hein Lê... Por que disso agora?
Pelé: É necessidade, me entende cara.
Crislayne: Não entendo não, não tem nem como... Vem pra casa pelo amor de Deus.
Pelé: Vou ter que desligar, fica com Deus. -pausou dando uma bufada profunda- Eu amo vocês!
Eu caí no choro com o coração apertado e tremendo toda.
Crislayne: Eu não aceito te perder, logo agora...
Pelé: Beijo.
Crislayne: Não vai Leandro por favor!!
Fim de ligação

Ele encerrou a chamada...
Eu estava literalmente desequilibrada, sem chão, a minha maior vontade era de brotar naquela favela e impedir ele de ir para qualquer outro lugar que não fosse a nossa casa.

Na minha vida nada dá certo, não sei aonde eu errei para ser tudo desse jeito, oposto da felicidade. Eu queria ir atrás... Mas eu tenho um serzinho tão inocente que não sabe de nada do que está acontecendo e que depende tanto de mim, de nós...

Acabei acordando a criança nesse chororô meu, estou sofrendo por antecipação.
Crislayne: Ai minha filha, por que teu pai é assim tão cabeça dura? Fazendo a gente sofrer, qual motivo dessa necessidade dele? -digo a olhando e ela me encarando também segurando em meu dedo.

Fechei os olhos imaginando tudo já.
Ai Deus me dê força e proteja meu homem de qualquer mal, que venha me fazer sofrer, sofrer um monte de crianças, uma família inteira...

Que vida amaldiçoada é essa, é sofrimento atrás de sofrimento, é um minuto de silêncio e resto de baderna infernal. Não estou com um pressentimento bom... E se eu perder o Leandro, eu nunca mais vou querer saber de homem nenhum na minha vida porque nessa história de relacionamento eu só sei sofrer.