164° Capítulo

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Narração: Leonel

Eu viajava no sexo da Valentina, ela representa na cama e eu me amarro nesse jeitinho dela de levar. Por mais que ela esteja puta comigo, ela não consegue mudar e/ou fazer diferente. Ela é delicada pra caralho, é tinhosa e por isso até hoje eu sou viciado em tudo que ela faz.
Valentina: Como você consegue ser tão cachorro? Tenho ranço de você! -perguntou apertando minhas bochecha fortão, em seguida me beijou.
Leonel: E tu gosta desse cachorro aqui pô.
Valentina: Gosto mesmo, é a peste que eu vou ter contato pra sempre, uó!

Me levantei e tomei um banho, vou brotar na pista. Acionei os caras e aguardei. Lidiane estava com o Davi e o Falcão na sala.
Lidiane: Vai aonde uma hora dessas hein?
Leonel: Vou aqui rapidinho.
Lidiane: Você não tem jeito não.
Leonel: Tu é chata pra caralho mané, ó teu boi magia aí cara.
Falcão: Boi é o caralho, se liga arrombado!

Peguei o Davi por uns minutos e cheguei a pensar na hipótese dele não ser meu filho...vai continuar sendo o meu moleque, por mais que eu tenha sido enganado foi através dele que meu lado paterno se aflorou, eu amo esse menor pra caralho! Vivendo esse drama, eu posso sentir o que a Cris viveu ao saber que eu tinha um filho por aí, mesmo não sendo meu chegou à ela dessa forma e te falar, machuca descobrir essas parada, bagulho fica cercando na tua cabeça. É isso que te faz enlouquecer.
Leonel: Né não filhão?

Ele parecia está seguro ali, com as mãos fechadas e pressa ao meu relógio. Entreguei ele pra mãe dele e fui saindo fora.
Valentina: Ou, dorme com a gente? -pediu me encarando.
Leonel: Já é, quando eu voltar bato lá.
Fui pro pagode que hoje rolava.

...

Fiquei encurralado com meu bonde aqui na Ph, o exército entrou com tudo mandando bala pra cima até de morador, do nada mané e está de verdade!
Consegui ir para a mata com um pessoal, geral correndo pique Iraque, a guerra estava formada, mais de quatro horas na pista com esses caras já e eu só queria estar dormindo agarradão com meu menor, só isso papo reto.

Saí da minha favela para guerrear na favela dos outros, aonde sou cria. Foi aqui né, que tudo começou, aonde eu me descobri do que sou capaz... Mas, também, foi aqui que eu destruí metade de mim, mas também aqui me reegui... A vida é foda, ela é uma se uma balança, quer dizer, da equivalência a equação entre o castigo e a culpa, ali é quem mede teus erros e o resultado pode ser pra mais, ou pra menos... Quando o peso é grande, uma hora cai! Eu já percebi que sou submisso a essa vida e eu já me contentei com isso. Não tem mais solução para mim, todas as saídas eu já recorri e não tenho mais medo das improvisadas que ainda possam vir em armadilha. Hoje eu estou aqui porque Deus quer, se estou em liberdade é porque quem me protege ainda tem o chamado para mim, que sempre põe o mais fraco para bater de frente e se conter com cédulas, se fosse o justo eu já estava lá no hotel do estado, trancafiado em meio as grades, privado de liberdade, ou nem lá estaria mais...
É como se o bem e o mal entrasse numa lyta constante por mim, pela minha cabeça e eu vagando esperando quem vencer para me encontrar. . .

Eu prometi que eu nunca mais faria nada disso, mas eu sou ser humano, sou falho, sou de carne e a gente peca involuntariamente e quando for ver já descumpriu com a palavra. . .

Enrolei uma nota fazendo uma corneta e fui inspirando aos poucos, jogando para consciência. É ela quem tem me deixado ligado ultimamente, moderada, mas é a quem eu recorro nas +30 horas de pé, ainda mais numa situação como essa de hoje, Trepado e preparado pra atirar e ser atirado, com só duas chances entre: Morrer ou sair vivo, que preso eles nem perdem tempo.

Sento que fui alvejado na perna, no primeiro instante não senti mais que ardência, fiquei na moral mas ao olhar por onde saiu, só pensei numa coisa.
Fodeu!
:Deu merda!

Submissos -Amor e Tráfico  💚🔫💑 CONCLUÍDA!Onde histórias criam vida. Descubra agora