Submissos -Amor e Tráfico 💚🔫💑 CONCLUÍDA!

67° Capítulo

NARRAÇÃO: Lidiane

Fechei a loja as pressas e fui para a faculdade direto, de ônibus mesmo. Dentro do Shopping é impossível não passar num fast-food antes mesmo atrasada, comprei um Big Tast e fui comedo pelo caminho a fora.

A aula passou tranquila e hoje foi a parte que eu mais gosto, criminal. Falou tanto dos traficantes, minha profª até citou o Fernandinho Beira -Mar, já me interessei.
— Fêssora, têm advogado que só gosta dos traficantes, eu não pegaria não bando de fodido! Por mim ia morrer lá dentro dependendo do serviço publico. — Disse um colega de classe; maconheiro à beça.
Profª: Você está tento uma visão errada nesse caso, você sabia que esses são os que mais pagam bem para advogados? Não generalizando, mas grande maioria luta muito pela liberdade sendo quê, na maioria dos casos não adianta muito é perda de dinheiro pois todo depende do crime que cometeu, do artigo, do julgamento, enfim...
— Meu pai já cobriu um ex-traficante e era dinheiro demais que rolava mesmo professora, até a companhia do meu pai era mils. —Disse uma menina.
— Ex-traficante? Hahaha — Gargalhou o menino— Ex não existe, tu acha mesmo que o cara vai sair do crime só ter sido preso, ele vai morrer num dinheiro com advogado para quando sair voltar novamente... É como dizem, vida criminosa só tem dois caminhos, cadeia ou morte! Sou a favor!!!
Profª: Pensando assim você não vai muito longe na sua profissão hem Derick.
— Esquento não fêssora, graças ao meu pai eu não vou seguir essa profissão, já vi ele se foder muito, eu estudo mais para ser um Juiz e decretar pena de morte e prisão perpetua pra esses cara tudo.
Que moleque escroto!!! Não resisti a tanta hipocrisia.
Lidiane: Do que adianta odiar tanto bandido e fumar a maconha que vêm deles? - indago me metemdo; todos se chocam.
— HUUUUUUUUU — A classe inteira zombou dele, que me encarou olhando nos olhos, os mesmo vermelhos de maconha.
Profª: Vamos continuar a aula pessoal?

Garoto nojento, prepotente! Xinguei muito ele em pensamentos. Eu só pensava no meu irmão, muito ruim você conviver com tudo isso tão próximo e ouvir o que os outros pensam e que nem sempre é a verdade. Eu queria muito me pronunciar sobre o contexto da aula, falar da minha vivência, não me expôr mas relatar com base na advocacia.
Após o termino da aula, pedi um uber só que não estavam encontrando o carro na porta do shopping, fui andando pra pegar o brt mesmo então.

— Ô garota? — Olho pra trás e é o Derick no carro dele— Quem é você pra falar da minha vida sua puta? Eu estava falando do meu ponto de vista, ficou ofendida foi marmita?
Lidiane: Eu também estava mencionando o meu ponto de vista. -desdenho- Imagine um juiz subir o morro para comprar suas drogas? Chegar no tribunal chapado e dar a sentença para quem lhe fornece...hipocrisia! Hilário! -retruco irônica, continuando a andar e ele me seguindo com o carro.
— Acho melhor você não se atrever a entrar no meu caminho, não vai gostar de ter um inimigo.
Lidiane: Te digo o mesmo! E outra se eu fosse puta não iria estar aqui a esta hora né já que você sabe bem como funciona... -Respondo bem tranquila.
Ele ficou furioso e jogou o carro em cima de mim, na calçada. Senti o peso da roda prendendo minha sapatilha, só corri para a parede e cheguei os pés para trás.
Lidiane: SEU BABACA! Maconheiro de merda! Você vai ver!!! -exclamo furiosa.
Ele saiu com o carro voado. Algumas pessoas vieram perguntar se eu estava bem, só tomei um susto. Fui embora pê da vida.