Narração: Lidiane
Leonel saiu do coma faz três dias, após dezesseis dias morto, pensei que nunca mais meu irmão fosse acordar, tive muito medo. À minha fé e a consolação das pessoas que estão conosco que me manteve firme, de pé. Se ele recebeu cinco visitas foram muitas, ninguém procurou saber, fazer aquele auê na minha porta pra saber dele, ninguém quis, isso porque ele tinha um acervo de puta né?! Bando de puta cupim que só queriam pau e o dinheiro do otário.
Foi horrível o estado dele quando descobriu e pôde ver com seus próprios olhos que perdeu metade de uma das pernas e eu sofri juntinho com ele, foi uma reação lastimável, muito triste que abalou o psicológico de todos nós, mas ele infelizmente vai ter que se acostumar.
O resultado dos exames saíram, mas nem abri, quero abrir juntinho com ele e hoje eu trouxe para descobrirmos quem é e quem não é.
Lidiane: A Cris, veio te ver sabia? -Falo segurando suas mãos, tentando mudar um pouco o clima- Ela me deu uma força do caramba como sempre, me ajudou muito...
Leonel: Hum, Crislayne me viu desse jeito?
Lidiane: Para com isso Léo, com um tempo você acostuma, pode até optar por uma prótese... -sugiro- E andar normalmente, você não morreu, esse é o importante.
Leonel: Eu sou um moribundo Lidiane, não quero saber de nada não! Eu já estou morto!!
Lidiane: Não fala assim meu amor, você é lindo e seu encanto não acabou não...
Leonel: Quero saber não, só desgraça na minha vida, quero desistir de tudo papo reto.
Lidiane: Já chega!!! -exclamo; exausta de tanto drama- Isso foi pra você acordar, quantas vezes eu não te falei, implorei pra você mudar a sua vida? Você mesmo pediu isso a Deus, ele foi generoso até contigo.
Leonel: Forma mais brutal cara, a próxima eu morro mesmo...
Ficou todo murcho, olhando para o teto.
Lidiane: Estou com o resultado dos exames aqui. -Digo, por fim.
Leonel: Quero saber dessa porra não, o Davi é meu filho mesmo e cabô.
Lidiane: Eu fiz da Ayra também.
Leonel: Quem mandou? Eu vou arcar com os custos, eu sou um otário mesmo! Aí não é possível que nem contigo eu posso contar mané...
Lidiane: Sabe porque eu fiz? Porque ninguém merece criar um filho sozinha, sem condições Leonel, na hora de fazer estavam os dois presentes e já que ela fala que é teu, vamos ver se realmente é ué, você pediu do Davi que não era necessário, mas da garota lá você não quer né? Vai dar
as costas não pô, é uma criança inocente em jogo que não pediu pra nascer.Dei o papel na mão dele o da Ayra, primeiro. Por mais que possa ser mentira dessa menina, eu também quero saber porque ninguém vai ficar sugando o dinheiro dele não, vão se aproveitar na puta que pariu! Na hora do sofrimento ninguém comparece se prestando a ajudar, nem que seja com uma simples palavra de força.
Leonel: Hum, positivo. -Diz com desdém ao abrir, no fundo ele queria sim que fosse dele.
Lidiane: Olha ele, a menininha dos seus sonhos mano, ela está grávida de uma menina! -conto toda empolgada, aff mais uma periquitinha pra titia.
Leonel: Sério? -pergunta um tanto impressionado.
Lidiane: Aham, ela se preocupa contigo cara, quando fomos fazer o exame ela me contou que vocês têm esse rolo há um tempo né... Você não gosta dela não?
Leonel: Essa garota é maluca, não quero saber dela não e nem de ninguém.
Lidiane: Esse seu harém de mulheres, nossa senhora hein! -Falo descontraida- Vê o outro logo mano.
Leonel: Abre aí pô.
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Submissos -Amor e Tráfico 💚🔫💑 CONCLUÍDA!
JugendliteraturEu vi todo o sacrifício que fiz se desmoronar por uma adrenalina que diz-se está na veia, na pseudo-vida que ele acha que é dependente Essa dependência que já nos fez sofrer Sofri, chorei mas recuperei Batalhei, suei, fiz renascer... Não aceito meno...