90° Capítulo

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Ele segurou no meu cabelo e deu com a minha cabeça por diversas vezes contra o blindex, só que numa dessas vezes se estilhaçou todinho em micro pedaços... Sendo controlada por ele pelo cabelo não caí mas senti cortar minhas costas e algumas partes do meu corpo sentia o vidro furar. Ele me arrastou para fora do banheiro e me jogou no chão e de imediato eu rapidamente me levantei e corri pra fora do quarto, ele veio atrás de mim, corri direto para a cozinha. Fiquei trás da bancada e comecei a jogar tudo na direção dele copos, pratos, travessas...
Leonel: Sua desgraçada, você enlouqueceu? 
Crislayne: você vai ver o que é loucura seu filho de uma puta!!! -gritei com o diabo no corpo.
Joguei um monte de facas em sua direção e ele meteu o pé para o quarto.

Arrrg, quer ódio!
O sangue quente corria nas veias, adrenalina e ódio também. Peguei a maior faca do conjunto e deixei na mão, ele vai me pagar caro!!! Ele apareceu me enfrentou mesmo com a faca na mão tentou tira-la de mim e eu grudei ela na mão dele.
Leonel: Ai caralho! Sua filha da puta! -berrou de dor; a mão dele começou a sangrar...
Crislayne: Seu desgraçado, infeliz! Olha o que você fez comigo, você vai pagar muito caro por tudo que fez! Você vai cair no fundo do poço seu merda, seu miserável!!!

Ele pegou a pistola com a outra mão e disparou dois tiros contra à mim e nenhum pegou graças a Deus por eu ter abaixado na cozinha. Ouço um estrondo dae a porta sendo arrombada e mais barulhos de tiro...
— Coe porra. Me acertou seu arrombado! —Era a voz do marido da minha mãe.
Eu chorava desesperada e com medo, assim como eu ele está transtornado só que ele tem uma arma...
Deusa: Crislayne? -chamou por mim- CADÊ ELA LEONEL? Tira essa arma dele Gaspar, porra!!
Minha mãe assim que me encontrou me abraçou, meu estado era deplorável, toda machucada, com sangue...
Deusa: O que aconteceu aqui gente? -perguntou abraçada comigo, me defendendo dele.
Leonel: Na moral mesmo, melhor vocês não se meterem não que eu vou matar essa desgraçada hoje! -Disse com fúria nos olhos me encarando, Gaspar segurava ele.
Crislayne: Então você mata, porque eu vou infernizá a tua vida! Se eu não te matar antes. -retruco afrontando-o.
Deusa: Gente, para com isso... A rua toda assistindo essa baixaria, uma hora dessas da manhã...
Crislayne: Mãe esse filho da puta tem outra mulher e ainda tem um filho com ela. -conto chorando, desesperada e acabada com essa situação.
Deusa: Vamos lá pra casa, vem.
Crislayne: Não vou!!!
Deusa: Ele vai te machucar Crislayne, pelo amor de Deus, se eu demoro mais um pouco você já estava morta.
Crislayne: Antes de chorar a minha mãe, chora a dele primeiro!
Entrei lá no quarto igual um furacão e taquei as roupas dele tudo no chão.
Crislayne: Leva suas talhas e vai embora daqui, vai morar com a mãe do teu filho que pra mim você morreu!!! E leva essa porra da tua outra amante também. -Digo jogando o cordão na direção dele.
Leonel: Tu some da minha frente que quando eu te pegar vou te matar de porrada sua filha da puta!
Deusa: Epa, epa, epa eu estou aqui caralho!! Sou puta nessa porra não!!!
Gaspar: Depois vocês desenrola melhor mano, tua mão tá sangrando pra caralho, bora lá estancar esse sangue.
Leonel: Se eu voltar e tu tiver aqui tu vai ficar fodida. -exclamou apontando para mim.
Crislayne: Vou ficar fodida e você junto!! -rebato- Está pensando o que seu marginal?

...

Minhas costas está toda cortada fiquei num prejuízo fodido, estou aqui na casa da minha cunhada que não tem condições ficar lá daquele jeito, tudo de pernas para o ar.
Lidiane: É foda cunhada, daqui a pouco vocês se acertam...
Crislayne: Não, dessa vez tem acerto não, eu tomei nojo se tornou meu inimigo!
Deusa: Quantas vezes vocês num já caíram na porrada e voltaram?
Crislayne: É... Só que ele não tinha um filho!!!
Chorei, chorei, chorei... Lembrar disso era o que mais me doía.

Era uma dor que parecia não ter fim, mas eu tentava ser forte, não dar tanta importância para essa sacanagem que ele me fez.
Crislayne: Cadê meu carro?
Deusa: Não é hora de pensar em carro, filha.
Crislayne: Isso não acabou não! É só o começo.
Eu tinha mais ódio pela pseudo família que ele arrumou do que pelas porradas.

Fui em casa e peguei o carro indo lá naquela favela dele, eu vou passar por cima de quem eu ver primeiro no meu caminho, que se foda!
Karen me falou aonde a tal Mônique mora e eu fui lá, apertei a campainha e saiu uma menina com um menino no colo, rindo à beça...
— Pois não.
Crislayne: Você que é Mônique? -pergunto desarmada, não iria conseguir fazer o que eu esperava...ainda mais depois de vê-la com o filho.
— Sou eu, por quê?  —Falou cheia de marra.
Crislayne: Nada não...
Voltei para o carro e saí dali desorientada, destruída...
Foi somente pela criança, o menino tão bonito, com um sorriso encantador... Que dor estou sentindo, as lágrimas me tomavam...

Essa foi a recompensa que eu mereci por tudo o que eu fiz, ou será um castigo de Deus?

Submissos -Amor e Tráfico  💚🔫💑 CONCLUÍDA!Onde histórias criam vida. Descubra agora