49° Capítulo

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Acordo no meio da madrugada suada à beça por preguiça não liguei o ar-condicionado, também achei que não fosse preciso devido ao tempo. Olhei a hora e eram 04h22 e nada do filho da puta, vou esculhambar esse cara, o que ele pensa dessa vida dele? É um fodido mesmo! Fui mandar msg para ele mas tinha algumas da Simone que me chamou atenção, resolvi olhar antes.

"Cris, teu marido está em casa?" -03:19
"Por favor me respondeeee!!"-03:38
"Exercito entrou e pegaram os meninos na boa."
Eu: Oi!! Fala comigo, o que houve? Leonel saiu cedo indo na mãe dele e provavelmente foi direto para aí
Eu: Vou esperar um pouco mais por notícias.
"Aiiii Crislayne, foi horrivel!!! Eu estou desesperada, o meu marido cara e ele me disse que estava vindo pra casa e nada até agora.
Eu: Calma amiga! Ele deve está entocado em algum lugar, vai dar tudo certo!"
"Tá estranho Cris, muito estranho, eu não consegui dormir com o coração apertado... Estar maior guerra lá fora, muito tiro.
Eu: Nada vai acontecer, tranquiliza! Eles são espertos amiga, logo você nesse desespero? Se acalma!! Bjs.

Parei até de responder para eu não me desestabilizar e ficar nervosa igual, eles são faixa preta e espertos. Está tudo bem! Nada aconteceu, eu espero.

Estava de longe só a observar o campo, as meninas chorando e vários corpos empacotados em lençóis, a baixo de um terrível temporal cada pessoa via quem estava debaixo do pano. Era uma cena horrível, muita lágrima e muita dor. Eu não conseguia sair do lugar com as pernas bambas, passei a mão no rosto e abaixei a cabeça, a cada trovoada parecia que meu coração cicatrizava e o sol aparecia pra mim...só na minha direção.

Abri os olhos e passei a mão no rosto, olhei ao meu redor e eu estava em meu quarto ainda, que alívio! Que pesadelo horroroso!

Ouço um barulho lá no fundo do portão, tremi na base logo. Peguei meu celular e algumas coisas mais e coloquei logo no fundo falso da cômoda. Desci e já dei de cara com policiais dando entrada na minha casa do nada com um papel na mão provavelmente mandato e nem questinei. O ruim de morar aqui em baixo é esse, moro praticamente na cara do gol parece que eu estava sentindo.
— Podemos dar uma olhada nos comprovantes de vendas daqui?
Crislayne: Da casa? -pergunto me fazendo de besta.
— Cupom fiscal da sala e cozinha. — Diz um outro.
Crislayne: Um momento. -Digo, indo em busca dos papeis, mais é claro que não são daqui e sim da casa da minha prima, que nem aqui mora- Aqui.
Eles olharam por cima só.
— E a geladeira, tem não?
Crislayne: Ela é muito antiga, ó está toda arranhada já é bem velha.
— Huuum. Não é o que parece... — Disse desconfiado, me encarando
Até abrir minha geladeira o filho da puta abriu.
— Tudo ok!
Eles saíram da minha casa e eu tranquei o portão com a chave. Inferno!

Automaticamente peguei o celular e mandando msg para Simone, ela me disse que até agora nada e ainda operação rolando. Foi aí que a preocupação bateu, mas ainda preferi esperar e não me precipitar porque isso acontece com frequência. Nem um pouco preparada pra isso, não mesmo cara. Agora os tiros eram aqui, ôoo saco!!! Tiraram o dia pra fazer operação, perturbar os outros pqp.

Passei o dia arranjando uma forma de me distrair para não sofrer por antecipação em vão, fiquei quentinha na sala que em cima ainda corro risco de bala perdida, meu ar-condicionado está todo furado nem sei como ainda funciona aquilo.

Submissos -Amor e Tráfico  💚🔫💑 CONCLUÍDA!Onde histórias criam vida. Descubra agora