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Dei uma geral na casa, deixei o almoço pronto, almocei e fiquei vendo televisão na sala. Minha mãe chegou um pouco depois.

— Que isso, hein?! - debochei.

— Nem vem. - passou pro quarto rindo, muito safada essa velha, cara.

Balancei a cabeça negativamente e meu telefone começou a tocar.

📲 Piranha.

Fala.

Manu, pode me contar tudo.

Tem nada pra contar não, ué. - ri.

Claro que tem, passei aí ontem e vi uma moto.

Passou aqui? Foi fazer o quê?

Não foge do assunto. Vou aí daqui a pouco e quero saber de tudinho. Safada!

Chatona, hein. Vem não, vamos no Choppinho beber?

Tá, daqui há 1h.

Show.

Fim da Ligação. 📲

Mais tarde, botei uma roupa simples, avisei minha mãe, peguei minhas coisas e saí. Cheguei e a Rafa, como sempre está atrasada. Pedi um litrão e uma porção de fritas, comecei a beber e olhar o movimento. Rogério passou por mim de moto e parou um pouco mais a frente.

— Tá esperando alguém? - me cumprimentou com um beijo na testa.

— Ué gente, que isso? Dura? - ri. — To esperando ela. — apontei e a Rafaella vinha na esquina.

— Ah tá, vou atrapalhar você não. Da teu número aí. - me deu o telefone. Botei o número e devolvi, ele mandou um beijo, montou na moto e sumiu.

— Hm. Era aquela moto mesmo. - já chegou rindo. Sentou, encheu o copo e ficou me olhando serinha.

— Era? - fingi demência. - Claro, né.

— Mas já tá assim, trazendo no bar e tudo?

— Sai, menina. Sou você não. - dei risada. - Ele apareceu do nada, po. Pediu meu telefone, nada demais.

— Você é muito fria. Coração bate na buceta mesmo. - riu. Nossa porção chegou e ficamos comendo ali.

A piranha contou que dormiu com o ex dela, que era quase meu vizinho. Eu nem falei nada, ela sabe o que tá fazendo, não é mais nenhuma criança. Só nós sabemos onde nosso calo aperta, ninguém mais.

Ficamos até tarde lá, bebemos direitinho. Meu celular tinha até acabado a bateria. Estávamos saindo do bar e eu vi a moto do Kid parada na praça, ele tava com uns caras, ficou me olhando a beça e eu dei tchau, né? Que louco. Subi meu beco tranquila, tava abrindo o portão de casa e ouvi uma moto parar.

— Dia inteiro na rua, é?

— Ih, fudeu. Que isso? Big Brother?

— Ia te chamar pra ir na base, fazer um negócio. —  tentou segurar na minha mão e eu tirei na hora.

— Ih, nem dá. Trabalho amanhã.

— Te levo no trampo, po. — ele era insistente.

— Sem chance. Agora vai, porque se minha mãe acordar, o circo tá armado. - entrei e fechei o portão, sem dar chance dele falar alguma coisa.

— Vai me dar um beijo não? - joguei o beijo da porta e entrei.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora