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— Vai fazer o quê agora? — ela fica sempre mais desesperada que eu.

— Nada, ué. — dei risada, fiz mais um copo pra mim e voltei pra beirada do camarote.

Sou muito assim, não importa se estou sozinha ou acompanhada, eu quero é curtir.  Às vezes fico com o cu na mão, mas fazer o quê?! Dancei até o chão mesmo, me diverti sozinha porque eu amo a minha própria companhia.

Lucas se aproximou, e dancei com ele, eu esqueci completamente do Rogério lá atrás. Senti que o corpo dele se afastou do meu, e quando olhei pra trás, Rogério tinha tirado ele. Começaram a discutir e eu entrei no meio, abracei o Lucas pela cintura e fui andando com ele até o outro lado, onde estavam os seus amigos.

Os seguranças vieram, e eu troquei ideia com eles, já tinha separado, não ia acontecer mais.

— Deixa eu resolver lá, po. — tentava me soltar.

— Vai resolver nada, Lucas. Evita. Já tá resolvido.

— É, Lucas. Deixa isso pra lá, não estraga a noite não. — a Julia, irmã dele, também me ajudou.

— Por que ele fez isso? — virou pro meu lado.

— Porque ele é meu ex, cara. — menti, mas só pra ver só o assunto acabava.

— Foda-se, po. Tinha que fazer nada, tu tá comigo, azar o dele. Sorte a dele que eu to sem minha peça hoje... — tomou o resto do líquido que estava em seu copo e l me abraçou pela cintura, mas volta e meia olhava pra lá, mó carão de cu.

Rogério também, não parava de me olhar, mas é muito fácil querer meter bronca depois de me deixar o dia inteiro sozinha, sem uma mensagem sequer. Devo dar mole pra ser lanchinho de envolvido, ele que vá pra merda.

Fiquei o resto da noite com o Lucas, até que ele me chamou pra ir embora. Estávamos nos despendido de um pessoal e quando olho pro lado, Rogério travado de beijo na boca com uma novinha. Não me surpreendeu, afinal, ele sempre faz isso.

Lucas e eu descemos pro estacionamento com alguns amigos dele e a Júlia. Encostei no carro dele pra esperar a Rafa, que estava descendo também e o Rogério passou com a menina. Lucas deu uma encarada básica nele e eu fingi que nem vi.

— Dorme comigo, po. — Lucas falou e me deu um selinho.

— Vou pensar, tudo é muito fácil pra você. — ri.

— Vamos? — Rafaella falou se aproximando.

— Vou?

— Tu veio comigo, tu vai voltar comigo, po. — Renaj disse puto, se metendo na conversa.

— Ih, Renan. Que que tá acontecendo? É meu pai agora? Tô nem te entendendo.

— Irmã, acho que você tem que voltar com a gente mesmo.

— O que tá acontecendo, hein? — cruzei os braços.

— Tá acontecendo que tu vai embora com quem tu veio. — O nojo apareceu do nada,  se metendo na conversa.

— Eu não falo com esse tipo de gente mesmo, mas enfim... Não volto com vocês. — falei puta e virei as costas, Rogério ainda tentou pegar no meu braço.

Lucas partiu pra cima dele na hora, passou por mim igual a uma bala. Renan quis juntar também, mas a Rafaella saiu puxando e eu entrei separando. No bolo doido, no meio da trocação, tomei um socão na cara e tonteei. Não sei quem deu, só sei que caí no chão e isso foi o suficiente pra briga acabar.

A Rafa veio desesperada pra cima de mim, Lucas já estava abaixado, se preparando pra me pegar no colo, quando abri os olhos devagar, estava vendo tudo turvo.

E agora, de onde veio o soco?

Eu ainda estava meio grogue, e ouvia Rafaella, Júlia, Lucas, todos discutindo.

— Eu vou com ele. Vou com o Lucas. — disse com a voz embargada. — Me da minha bolsa.

Fui com Lucas pra emergência, e graças a Deus não aconteceu nada, só ia ficar o olho roxo, né? Fiquei puta porque ia parecer que tinha sido por conta da noite anterior, no bagulho de Stéfany, af. Acabei indo pra casa do Lucas, ele me pediu desculpas o caminho todo. Pra mim, nenhum dos dois tem culpa, entrei pra separar sabendo onde tava indo. Consequências...

Tomei um banho quando chegamos, vesti uma blusa dele e deitei na cama. Julia veio me ver, fez um sanduíche pra eu comer, comi e tomei uma coca. Lucas apareceu de banho tomado, todo cheirosinho, comeu também e depois deitou comigo.

— Tá doendo muito ainda? — fez carinho no meu rosto e deu um beijo de leve em seguida.

— Aquele remédio que me deram lá é bom, fica tranquilo. — ficamos de carinho até eu cochilar.

Acordei na manhã seguinte com uma puta dor de cabeça. Ressaca e porrada né? Eu mereço, tenho que parar de ser peitinho de aço.

Deitei por cima dele mesmo assim e o acordei com beijos pelo pescoço e peitoral, sarrei minha buceta por cima da samba-canção dele e ele riu.

— Tu é fogo, né? Como que acorda assim? — puxou meu lábio inferior.

— Fiz nada, po. — passei a mão por entre as minhas pernas, botei o pau dele pra fora do samba-canção e a masturbá-lo.

— Você é foda. Tava com saudade desse fogo. — ele disse com a voz rouca, enquanto tentava se conter.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora