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Celular despertou e eu acordei, travei o bendito e senti a mão pesada do Rogério em cima de mim. Saí saindo e fui pro banheiro, tomei banho, fiz minhas higienes e voltei.

— Bom dia, pô. Dormiu bem? - disse ele sentado na cama.

— Bom dia. Dormi sim e você? - sentei na cama pra calçar o tênis.

— Dormi, uma mulher cheirosa dessas aqui. - me deu um cheiro no pescoço, tirou o cabelo da frente e me deu um beijo. — Quer comer alguma coisa?

— Quero não, obrigada. Quase não como de manhã... - levantei e fui no espelho me ver, dei aquela arrumada. - Tô indo, tá?

— Vou te levar lá embaixo, perai. - levantou, vestiu uma bermuda, uma blusa e foi pro banheiro. Eu desci, fui na cozinha bebi uma água e esperei ele na sala.

Rogério me levou até o ponto lá embaixo, passou no meio da galera e todo mundo olhando pra gente. Esse horário de serviço é pior que baile, tu vê todo mundo.

— Obrigada. - desci da moto e entreguei o capacete pra ele.

— De nada. - puxou meu braço e me deu um selinho.

Menina, pra quê, né? Ponto lotado, as mona tudo me olhando, já vai ser a fofoca do favelão na semana. Eu mereço? Mereço, né?

Fui eu quem aceitou a carona, fui eu quem aceitei dormir com ele, sabe-se Deus o porquê. Só fui e até que foi maneirinho, dormir agarradinho no ar condicionado é bom.

Fui trabalhar linda, agora sou a nova gerente, né? Atura nós. Única coisa ruim são as responsabilidades, tudo eu tenho que resolver, mas não dá em nada.

Perto da hora do almoço, peguei meu telefone e tinha mensagem do Lucas me chamando pra comer no shopping. To fazendo nada, né? Vou mesmo.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora