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ROGÉRIO

Minha vida tá aquelas coisas, correria do caralho na firma, invasão direto, ameaça de comando, mas é isso mermo, eu escolhi isso, tenho que encarar.

Agradeço a Deus todos os dias pela vida dos meus filhos, passei por uma prova daquelas com eles, principalmente com o meu moleque, mas quem me protege não dorme e a minha vida toda é obra do Senhor.

Cheguei em casa, e fui logo me arrumar, a Manu estava no quarto das crianças arrumando eles. Que mulher incrível é essa, nem sei se mereço, ainda mais depois de certas coisas... Mas é bom deixar baixo.

Hoje é aniversário do nosso afilhado, vamos partir pra lá e depois, se minha sogra ficar com as crianças, é ir pro baile né? Tempão que não colo com a primeira dama, só sozinho e muito rápido. Hoje eu quero curtir!

Fomos pro aniversário, cheguei no salão e não acreditei. Renan tem merda na cabeça, papo reto, sei nem que merda isso vai dar. Entrei com a Manu e as crianças, sentei na mesa com a família e as crianças foram brincar, fiz uma sala por um tempo, até que o Nathan quis mijar e eu o levei.

Na volta, parei perto dos caras, e o Vitin já veio logo rindo pro meu lado, esse moleque é sequelado.

— E aí, Nathan. Bate aqui no tio. — bateu a mão com meu filho, que riu. — Já viu o problema né?

— Vi mermo. Quem trouxe?

— Acho que foi o Pedrin, po. Vem cá com o tio, fera. — pegou o Nathan no colo.

— Pedrin viaja, papo reto. Vai levar meu filho onde, viado? — ele foi com ele na direção das meninas. Cocei a cabeça e fiquei olhando de longe. Jaqueline me cumprimentou sorrindo e logo em seguida, pegou o Nathan no colo.

— Genética ruim, hein. — voltou pro meu lado gastando a onda. — Foi logo em quem.

— Fica esperto que se a Manu olhar isso aí, da merda.

— Fica suave, patrão. Toma um gole aqui. — me deu um copo de whisky.  — Pode botar na minha conta. — falou rindo.

Acabei me distraindo com os moleques, até que o Renan segurou meu braço e eu logo vi a fera chegando, falei com Vitin que não era pra deixar o moleque lá. Olha a merda aí!

Não sabia nem qual reação ter, ela pegou o Nathan e saiu saindo, mas dava pra ver o fogo saindo da cabeça dela. A casa caiu! Vai falar disso três meses direto.

Aniversário rolou e dá pra ver de longe que ela tá puta, não dá pra saber qual atitude tomar, po. Tenho que me explicar, mas o ruim vai ser ela deixar.

Meus sogros levaram as crianças, e eu vi na hora que ela voltou lá de fora, pisando duro, passou por mim nem aí, pegou dois copos com a Rafaela e pela pressão, tá afim de beber muito. Não implico não, mas ela sabe que não curto.

Renan percebeu o clima ruim e tentou quebrar, mas do jeito que ela tá, sobrou até pra ele, cagou direitinho pro que ele falou. Ela é foda, bicho impossível, dá espaço pra ninguém.

Já to vendo essas meninas aqui alteradas, bagulho tá a ponto de dar merda. Jaqueline não para de me olhar é isso tá a cara do problema.

— Ou, se essa novinha não segurar, a merda explode hein. — Renan falou no meu ouvido.

— Tenho nada com isso não, po. — dei de ombros, mas com o cu na mão. Tomei mais um gole do meu whisky e fiquei na minha.

— Tem não, né? Hoje tu não tem... — estalou a boca e negou com a cabeça.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora