DONA DE MIM 💋

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Escolhi uma blusa azul com vermelha, com alguma coisa escrita em branco, um escudo, sei lá e botei. Ficou imensa em mim, mas até que ficou bonitinha.

Vesti minha calcinha no lado avesso, botei minha calça, calcei o tênis, peguei a bolsa e prendi o cabelo num coque abacaxi. Ele saiu do banheiro e me abraçou por trás, dando uns beijinhos no meu pescoço.

— Papo reto, tinha programado outro jeito de te acordar... — deu mais um beijo e se afastou.

— Outras oportunidades virão. — eu falei virando pra ele e o sorriso foi instantâneo.

Muito fofo, né? Mas não posso me apaixonar pelo primeiro piru pós-término, vamos com calma.

Pegamos as coisas fomos até a moto, ele me deu o capacete, mas eu não quis usar.. Até porque, vai foder o coque todo e ele já não tá bom.

Pra ir até a minha casa, tínhamos que passar pelo beco da boca do XV, e quando estávamos passando por lá, vi de longe o ex marido de vocês, de braços cruzados. Olhando de um lado pro outro.

Passamos por eles, o Novo nem buzinou, nada. Foi direto até a minha casa, me deixou lá, desci da moto, nos despedimos com um selinho e eu entreguei o capacete à ele.

— Mais tarde te aciono. — sorriu.

— Tá bem. Vê se consegue descansar um pouco, dois plantões seguidos, né? — fiz bico e ele concordou com a cabeça.

Assim que ele saiu, eu entrei pra casa e fui direto pro banheiro. Antes de entrar no banho, tirei uma foto com a camisa dele e mandei na conversa do Instagram.

[barrostmanuela] rickpjl

Até q fiquei maneirinha, né? Haha

FIM DA CONVERSA

Tomei um banho delicioso e enquanto ia me ensaboando, lembrava de cada toque, cada movimento e pensava no quanto tinha sido boa essa noite, do quanto ele me surpreendeu.

Saí do banho, vesti uma bermuda bege, um top faixa branco e ia jogar um camisão por cima. Nos pés, botei uma chinelo nuvem da mesma cor da bermuda e fui pegar minhas coisas.

Eu tinha dormido tão pouco, mas tão bem que as minhas energias estavam completamente renovadas, parecia que eu era outra pessoa.

Era mais ou menos umas 7h30 e como eu sei que minhas crias acordam cedo, minha intenção era ir até a padaria, comprar várias coisas pra um piquenique super gostoso e de lá, ir pra casa da minha mãe, buscar minha criançada e ir pra Quinta, mas ao sair na porta de frente, indo em direção ao carro, vejo quem? Ele mesmo.

— Vem cá, Manuela. Na moral!

— Bom dia, Rogério. Não tá muito cedo pra vir aqui não? O que foi dessa vez? Já não mandei recado que vou te deixar ajudar nos salgados e docinhos? — revirei os olhos ao falar, indo em direção à ele. — Já não disse que hoje a tarde eu vou levar as crianças lá pra sua mãe, mas que primeiro vou com eles na Quinta da Boa Vista?

— Não, não. Meu papo contigo né esse não, cara.

— Então, qual é?

— Tu vai continuar nessa mesmo?

— Em qual?

— Não faz a doida não, po. Vai continuar dando pro Novo mermo? — fiquei olhando pra ele incrédula. Esse menino tá usando muita droga. — Tu tava até com camisa de time hoje, mermão.

— Cara, o que eu faço ou deixo de fazer, não te diz respeito. De onde você tirou coragem pra desabalar da sua rotina e vir até aqui me fazer esse tipo de pergunta? Você tá doido. — estalei a boca e virei as costas, indo em direção ao carro.

— Cara, ele não tem nada. Ele não é ninguém. Tu nem sabe quem é ele, porra! Qual foi, Manu... — ele veio atrás de mim, falando pra caralho.

Entrei no carro e não abaixei o vidro, fui dando ré pra sair da minha garagem, e ele ia seguindo o carro, pedindo pra abrir o vidro, dizendo que não tinha lógica o que eu fazia, que eu tava maluca, que eu ia me arrepender, enfim...

— Se não tirar a moto, vou derrubar. — abri pra falar isso.

Ele foi, tirou a moto e eu saí em direção à padaria. Entrei, comprei tudo do bom e do melhor pras minhas crianças.

Cheguei na minha mãe e eles todos estavam arrumados.

— Ê, que bom né mãe?! — Fernanda falou de forma engraçada.

— Todo mundo pronto?

— Siiiiiim! — responderam em coro.

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