DONA DE MIM 💋

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MANUELA

Estava saindo da agência e recebi a ligação da Rafa, contando que escutou o Rogério e o Renan falarem sobre uma tal Carina, que o Rogério viu em Cabo Frio, me explicou toda a história e eu engoli o choro. Minha intuição é foda!

Fiquei chateada só pelo fato dele não ter me contado quem era, e se escondeu dessa forma, é porque sente algo. Tudo acabou se encaixando. A crise pós viagem caiu certinho. Afastei os pensamentos e voltei pra loja.

Arrumei as coisas por lá, resolvi tudo, deu o meu horário e guiei pra casa. Vi a moto do Rogério estacionada, na hora me deu aquela vontade de explodir tudo, mas passei quieta e fui pro quarto.

Ao abrir a porta do meu quarto, vi uma surpresa linda, sério, eu amei. Mas eu estou tão chateada que nem consegui reagir a tudo aquilo, fiquei parada e ouvi o Rogério chegar, me virei pra ele e comecei a pensar em tudo que a gente já tinha passado até chegar aqui.

Falei umas coisas e acabei chorando. MERDA! Eu odeio chorar na frente de homem, por causa de homem.

— Preta, olha pra mim. — a essa hora, eu já estava soluçando de tanto chorar, sentada na ponta da nossa cama. Que raiva de mim! — Posso te explicar? — fiz que sim com a cabeça. — Eu não sabia como te explicar, não queria que a gente brigasse, po. Ainda mais lá, na nossa viagem, do jeito que a gente queria.

— E por que não me contou quando a gente voltou?

— Eu ainda não sabia, eu não queria brigar, não quero, po. Acredita em mim, tava nervoso com essas paradas, sei nem como faz com isso.

— Tá bom, Rogério. Obrigada pela surpresa. — levantei e fui pro banheiro tomar banho.

— Preta, vamos aproveitar a nossa noite, po. Esquece isso! Eu não quero ninguém no mundo que não seja você. — veio atrás de mim.

— Mas você ficou balançado por ela, admite. — entrei no box.

— Passei mó pedaço da vida com ela, preta. Não fiquei balançando, só é complicado, po. Imagina que tu vê o Marretinha mó tempão depois.

— Rogério, o Felipe morreu, cara. Você só tá piorando as coisas, esquece esse assunto. — tomei meu banho tranquila, botei o pijama e voltei pro quarto.

— Vamo ficar de boa? — me deu um beijo na testa.

— Eu estou de boa, nem me exaltei... — respirei fundo. Tô chateada pra caralho, mas com o tempo passa...

Sou apaixonada pelo Rogério, não sei explicar, mas chega a doer no peito tanto amor. Eu não consigo me imaginar sem ele, mesmo sabendo que nada dura pra sempre. Temos nossas brigas, temos nossos momentos, mas sinto que nos amamos e é recíproco.

Acabamos nos curtindo, comi o japonês amarradona, afinal, eu tava com fome mesmo. Tomamos o champagne, namoramos gostoso, e ficamos nos acariciando.

— Preciso falar uma coisa. — eu estava deitada no peito dele, enquanto me fazia cafuné.

— Fala, preta.

— Eu aceitei aquele trabalho de modelo.

— Que? — senti a mudança em sua voz, ele não consegue disfarçar.

— Aceitei, ué. Além do dinheiro ser muito bom, vou ter mais flexibilidade de horários, enfim... Se der certo.

— Fala sério... Tá faltando alguma coisa aqui em casa, po? — saiu da cama e começou a catar as coisas.

— Não, não tá faltando nada, mas...

Rogério: Mas o quê, cara? Tá maluco. Tu vai ficar aparecendo em outdoor, porra. Revistinha, esses bagulho de internet. Sabe que não gosto disso.

— É só não virar modelo, ué. — dei de ombros e fui tomar uma ducha pra dormir fresquinha. A viciada em banho chegou...

Ele não disse mais nada, arrumou tudo sozinho, tomou o banho dele depois que eu saí do meu e deitou de costas pra mim. Demorei um pouco pra dormir, muita coisa na cabeça, mas logo apaguei.

Acordei no horário de sempre, fiz minhas higienes, e saí. Fiz as mesmas coisas de sempre, só não levei a Angélica ao trabalho, porque eu não ia pro meu aquela hora.

Voltei pra casa e o Rogério já tinha saído, dei uma geral em casa, fiz o almoço, comi e fui me arrumar pra trabalhar. Quando estava saindo, Rogério chegou, passou por mim como se eu não fosse ninguém e eu caguei. Segui meu rumo...