ROGÉRIO
Não entendo essa Manuela não, cheia de ondinha pra mim, e quando me vê com outra mulher também faz graça. Não entendo essas paradas.
Quer saber? Foda-se, então. To tentando de verdade colar com ela, mas ela me empurra pra essas novinhas.
Passei na praça e troquei um pouco de ideia com os moleques, compramos umas cervejas e é isso. To pegando a Stéfany mermo, a novinha fode até bem. Não como a Manu, aliás, sou cascudo pra caralho, já comi muita buceta, mas fazer o que ela faz, te falar, né brincadeira não.
— Kid, tá pegando mermo a tal da Manuela? Morro todo falando.
— Pô viado, mina mó difícil, to tentando né.
— Até levou no ponto hoje, po. — um dos moleques me gastou.
— Tento dar uma moral, mas ela caga, negócio é colar com as outra. Já acionei a Stéfany hoje memo, nem aí.
— Que Stéfany, viado?
— A doidinha do B5?
— Essa mermo, po. Colfoi?
— Ela né filha do Domingão também não?
— Não, po. É? Sei lá, nem lembro. O cara passava o rodo na favela mermo. — eles falavam entre si.
— Qual foi, po. Papo reto? Dei esse mole mermo? — cocei a cabeça, sem acreditar.
— Pô Kid, pelo visto, deu mermo. — um deles falou me gastando e deu um tapinha no meu ombro, enquanto ria debochado.
Peguei o telefone, dei uma chamada na Stéfany pra ficar pronta que eu ia passar lá pra pegar ela. Terminei de beber com os moleques e fiquei com aquele papo na cabeça, mas mermo assim me adiantei.
— Bora, po. - gritei depois de buzinar.
— To indo, Rogério.
— Já te falei que pra tu é o vulgo. Sem emoção. - ela montou na moto e parti pra base.
Entrei, deixei minhas paradas na salinha e já subi pro quarto, deitei na cama e ela já veio por cima, chamou com vontade na mamada, peguei de quatro, de lado e no chão. Depois de gozar, deitei e ele deitou do meu lado.
— Na moral, com todo respeito, quem é teu pai?
— Morreu.
— Nome, po.
— Sou filha do falecido Domingos. Por quê?
— Caô. - cocei a cabeça, levantei, botei a bermuda, fui pra janela. Peguei as paradas e sobe balão.
Que merda que eu fui arrumar, hein? Puta que pariu. Tanta mulher no morro e eu pego logo a irmã da mina que eu quero colar. Garotiei.
— O que aconteceu?
— Nada. Vou te levar em casa.
— Eu não ia dormir com você?
— Falou certo, po. Ia... - virei pra janela de novo.
— O que eu fiz, Kid? - fez voz de choro.
— Ah ou, sem chorar né? Fez nada não.
— Então, vai me levar porque você tá com a Manuela mesmo? Tudo que geral tá falando é verdade?
— Tu tem o que com isso? Te prometi amor?
— Não prometeu, mas você sabe que eu te quero. - segurou meu braço. - Olha pra mim!
— Solta, po. - sacodi o braço e ela soltou. - Uma coisa tem nada a ver com a outra..
— Todo mundo prefere ela, meu pai preferia, você prefere. - começou a chorar pra caralho. - Eu faço o que você quiser, fico de amante, qualquer coisa.
— Já é, po. Se eu quiser alguma coisa, falo contigo. - levantei, e fui pra sala. - Bora, te levar em casa.
Saí sem camisa mermo, subi na moto, liguei e fiquei esperando ela, que ainda enrolou um pouco pra sair. Parei no portão e ela desceu de moto chorando, me segurou, ficou passando a mão no meu rosto. Na moral, mó viagem. Puta que pariu, menor.
Saí de lá e fui devagar pelos becos. Estava bem próximo da casa da Manu e pensei: "será que se eu for lá agra, ela vai ficar muito puta?". Olhei no relógio e já eram 2h30 da manhã.
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DONA DE MIM 💋
Teen Fiction(2017/2022) ⚠️ PLÁGIO É CRIME! ⚠️ Minha vida nunca foi exemplo, e nem quero que seja. Saio a hora que quero e volto a hora que acho que devo. Nunca dei satisfações pra ninguém além da minha mãe, e nem pretendo dar. Você acha que tá ruim? Eu só lame...