100

1.8K 122 0
                                    


Fiquei o resto do dia com cara de cu, comi no quarto e dormi logo em seguida. Rafa, Luiz e eu dividíamos o quarto, mas nem ouvi quando eles chegaram, meu remédio acaba comigo mesmo.

Acordei no dia seguinte, sem mensagens do Rogério, tomei banho, botei meu biquíni, tomei café e enchi o saco da Rafa pra tomarmos um solzinho na garagem, que no caso era pra ser a varanda da frente, risos. Tirei o carro, estacionei na calçada, tomei um esporro, mas não posso fazer nada, foi rapidinho.

Botamos o Luiz na sombra, abrimos as cadeiras, Rafaela trouxe um cooler pequeno com suco, água e refri e botou perto de nós. Passamos aquele acelerador, botei uma música na caixinha e ficamos fofocando e torrando no sol.

Depois de trinta minutos, eu já estava azul, pego cor muito fácil.  Adoro isso.

— Eu fico aqui, torrando e você fica 5 minutos no sol e já com marquinha, isso é injusto. — dei risada.

— Melanina, né meu amor?! — fiz graça.

Tirei uma foto minha, postei e fiquei mais um pouco lá. Minha mãe deu um grito chamando a gente pra almoçar, levantamos e fomos.

— Garota! Você tá azul. Passou protetor?

— Mãe, não sou criança, hein. Claro que passei. — arrumei a comida, sentei no sofá e almocei vendo aquela palhaçada de jornal.

Depois do almoço, dei aquela dormida maneira no sofá, acordei, tomei banho, me hidratei linda e fui com a Rafa e o Luiz passear na orla, tarde gostosinha, adoro. Paramos em um quiosque com música ao vivo, pedi uma porção de batata e um refri pra gente.

— Irmã, você conhece aqueles bofes ali? — apontou com a cabeça. Olhei pra mesa e só bofe gato.

— Deus me livre... — dei risada. — Conheço não, amiga. Acho que não, quando eu vinha pra cá, eu era pirralhona, lembro de ninguém.

— Tem um olhando muito pra cá, to ficando até com medo.

— Quer levar pra viagem?

— Claro que não, garota. É brincadeira. — rimos e logo a nossa porção chegou.

A noite tava muito gostosa, música de ótima qualidade, aquela brisa gostosa, que paz!! Se eu soubesse que aqui ainda era assim, já teria vindo há muito tempo.

— Licença. Manuela? — me assustei e olhei, era um dos bofes da mesa.

— Oi. Eu. — sorri amarelo. E logo pensei: "fodeu".

— Meu Deus. Quanto tempo eu não te vejo. Tá lembrada de mim não, né? —!fiz aquela cara de não e sorri sem graça. — Sou o Hércules, po. Vizinho ali da sua tia.

— Nossa, Hércules. Quanto tempo. — levantei e o cumprimentei. — Mudou muito, hein, cara.

— Você também, po. Tá morando aí ou só veio passear? Escutei um barulho lá, mas sempre que eu passo não vejo ninguém.

— Vim passar só um tempo mesmo, descansar. Ah, deixa eu te apresentar. — apontei pra mesa. — Essa é a minha comadre, Rafaela. Rafa, esse é o Hércules, meu amigo de infância. — ela sorriu e eles se cumprimentaram. — E esse aí é o meu pacote de amor, meu afilhado, Luiz Arthur. — Hércules mexeu com ele.

— Vai ficar aí até quando?

— Não sei exatamente, mas não devo demorar muito.

— Ah, foi muito bom te ver, espero encontrar mais vezes. Sábado devo fazer um churrasco lá em casa, se tiver aí, aparece lá. Agora, vou ali na mesa com os moleques, qualquer coisa, só me chamar. — riu.

— Ta bem! Bom te ver. — sorri de volta e ele saiu.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora