DONA DE MIM 💋

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ROGÉRIO

Eu não aguento mais ficar nessa com a Manu, não sei o que é ficar mais que 5 minutos brigado com ela não, po. Eu amo essa doidona, faço tudo por ela e pelas crianças.

To ciente do vacilo que eu dei e to ligado que se fosse o contrário, eu não queria tá na pele dela não, eu ia ficar putaço e isso que ela tá fazendo ia ser pouco.

Acordei e a casa vazia, bilhetinho na geladeira só escrito "fé", tá doido. Morro de medo de perder isso que eu tenho. Isso é tudo que eu tenho, vou botar em risco não.

Fiz os corres do dia e parei no Zé pra beber com os moleques, do nada, chega aquele bonde. To suave e vou permanecer, quero mais problema não. To evitando até olhar pro lado, porque essa mina tá querendo sério e eu to fugindo mais sério ainda.

— A próxima é do Kid.

— Então, eu quero beber. — Jaqueline se manifestou.

— Segura a onda, novinha. Bebe de quem é solteiro porque a de ontem não foi nada, mas a próxima pode te deixar sem dente. — geral riu.

— Ele me protege, né Kid? — veio pro meu lado, botando a mão no meu braço.

— Protejo não, te livrei ontem, mas a próxima eu deixo entrar. — falei saindo de perto.

Ela ficou meio sem graça e se adiantou. Ficou aquele clima na mesa, mas pedi minha rodada e logo depois, senti meu telefone tocar. Olhei e era a Manuela, já tinha me ligado algumas vezes antes e deve estar mais puta do que estava, por não ter atendido.

Paguei mais uma rodada pros moleques, e tava indo mijar pra meter o pé quando Renan me parou.

— Eu se fosse você, dava uma ideia pra essa mulher sair do caminho. Tu conhece a Manuela, se ela sonhar que tá rolando qualquer parada, pega pra tu, pra ela, pra quem mais tiver e a casa cai. Tu vai ficar fodido. — concordei com a cabeça e fui pro banheiro.

Mijei tranquilo, e saí do banheiro. Tava pra lavar a mão, quando virei a doidona tava colada em mim.

— Eu sei que você também quer, po. — passou a mão no meu peito por cima da camisa e eu me esquivei.

— Cara, já te dei o papo, Jaque. Não rola mais nada com a gente, tá ligado? Foi um erro, nós dois bêbados, tu se aproveitou da situação e já me deu o papo. Tô tentando ser maneiro contigo e tal, mas tem que segurar sua onda...

— Eu não vou desistir de você, po. — aproximou o rosto do meu e eu me mantive sério, olhando pra ela. — Tudo que eu quero nessa vida, eu consigo. Contigo não vai ser diferente.

— Aí é contigo, vai morrer nessa. Não largo minha família por nada não. Já te dei o papo. — saí de lá, me despedi dos moleques, subi na moto e guiei pra casa.

Cheguei em casa meio atordoado, senti o cheiro da Manuela lá de fora, e a minha mente parecia que ia explodir. A ficha tava caindo, a consciência pesando, enfim... Cerco tava começando a fechar.