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📲 Jaca 📱

⏯️ "Fala comigo, malucona."
⏯️ "Tô sabendo que vc tá causando conflito na firma. (Risos). Não perde essa mania, hein?! Cuidado pra não dar uma chá no Novinho e depois ele ficar igual o Kid era no começo do namoro, hein."
⏯️ "Mas aqui, sem neurose... Tu é brabona mermo, hein. 5h da manhã, assunto dos cara é só que tu enfrentou o Robin, na moral... Sou teu fã."

⏯️ "Ih malucão sai pra lá. (Risos). Você me conhece, sabe que não peido pra ninguém. Máximo que ia acontecer era ele me matar e morrer logo depois. Dá em nada."

⏯️ "Teu mal é o abuso. Sumiu do baile na hora que ia lançar passinho contigo. Mas ainda bem... Vai que eu tomo corretivo q nem o Novo. (Risos)."

⏯️ "Vai a merda, vai. Teu mal é o deboche."

📱 Fim da conversa 📲

Minha amizade com o Jaca é a melhor que tem, não tem jeito. Nós continuamos amigos e a nossa troca é cada vez mais forte. Ele foi um dos únicos que esteve do meu lado quando deu a merda com o Rogério, até brigou com ele por isso, deu uma merda do cacete no comando, enfim... Ele tomou as minhas dores de verdade. Jacaré é literalmente o irmão que eu não tive, sabe? É nós por nós a beça.

Por último, abri as mensagens do Rogério e se eu soubesse qual era o conteúdo delas, teria aberto primeiro, pra ver se dava tempo de impedir a merda que ele cismou de fazer.

📲 R.L Kid📱

⏯️ "To sabendo que tu foi pra desenrolo."
⏯️ "Desenrolo não. Foi desafiar os cara."
⏯️ "Mas nem tô te mandando mensagem pra isso não. Qual que é, to indo pra praia com as crianças agora de manhã. Nem adianta chiar, vamo pra uma bagulho mais afastado, pode ficar despreocupada."

⏯️ "Puta que pariu! Você tem um tesão em fazer merda que é inexplicável. Vou te contar..."
⏯️ "Se você não tem amor a sua vida, pra se arriscar dessa forma, deveria ter amor a vida dos seus filhos, Rogério."
⏯️ "Na moral, tudo que eu fui maneira contigo todo esse tempo. Acabou! Vou ficar o dia inteiro em frente a casa da tua mãe esperando vocês. Chega de você achando que a vida é um morango."

📲 Fim da Conversa📱

Meus áudios nem chegaram pra ele, e isso me deixou mais aflita do que o normal. Sim, eu sei que ele é pai, sempre dei liberdade pra ele curtir com os filhos, mas porra... Vai pra pista com as crianças de malucão? Sem planejamento, po. Sem falar comigo antes, sinceramente, é de cair o cu da bunda.

O Rogério é muito imprudente!

Levantei irada, tomei banho e nem comi nada. Só peguei o carro e fui pra frente da casa da mãe dele, chamei algumas vezes e ninguém me respondeu.

Algum tempo depois, uma vizinha apareceu e me contou que eles tinham saído cedo. O Rogério, a Jô e as crianças. Ela não sabia pra onde eles foram, mas falou que tinha mais alguém com eles, uma mulher.

Pronto, já sei o motivo desse passeio. Rogério querendo impressionar mulher... Já era de se esperar.

Fiquei sentada no carro por mais umas 2 ou 3h, até que vi o carro do Rogério chegando e logo saí do meu, parando de braços cruzados.

— Manhê! — Nanda gritou ao me ver e veio correndo na minha direção.

— Oi filha. — agachei e a abracei forte. — Cadê seu irmão?

— Tá dormindo com a vovó, mãe. Ele tá cansado, mas eu não. — riu. — Você já veio buscar a gente? Meu pai disse que ia comprar batata com bacon pra gente.

— Sim, vim buscar vocês. E eu compro a batata quando a gente for pra nossa casa. — ela não disse mais nada, só entrou no meu carro e ficou ajoelhada no banco do carona.

Em seguida, Rogério veio com o Nathan nos braços.

— Eles vão dormir aqui.

— Não vão. Pode me dar o meu filho?

— Não aconteceu nada, cara. Tá todo mundo suave, po. — disse em tom debochado. — Vivian ajudou a gente a tomar conta deles.

— Tanto faz! Não me interessa isso... — dei de ombros. — Só me interessa o fato de que você está expondo os nossos filhos. Você, Vívian, sua mãe, por mim, foda-se. Mas agora, os nossos filhos...

— Tá maluca? Tá exaltada?

— Não, mas posso ficar. Me dá o Nathan aqui.

Eu não gosto de brigar com o Rogério na frente de ninguém, muito menos na frente dos nossos filhos. Mas tem vezes que ele implora por isso, sabe?

— Eu vou com meus filhos pra onde eu quiser. — falou assim que me deu o Nathan.

— Pode ir, po. Vai sim! Só que com essa ficha criminal aí, fica difícil. — falei sem pensar e ele não gostou muito.

— Você tá muito engraçadinha. Tá se garantindo muito na conta dos outros.

— Ué, vai fazer o quê? Isso foi uma ameaça? Além de tudo, perdeu o respeito por mim? Quer fazer gracinha na frente da mulher? Comigo não, filho. — ela me olhava de longe, encostada na porta do carro.

— Mete o pé daqui, Manuela. Mete o pé. — falou mais alto e o Nathan acordou.

Encerrei o assunto ali, virei as costas e fui em direção ao meu carro. Botei ele na cadeirinha, fechei a porta de trás e fui pro banco da frente, Nanda olhava pra mim apreensiva e com os olhos cheios d'água.

Naquele momento, eu percebi que tinha feito uma das coisas que prometi mil vezes que não faria. Mas esse embuste me tira do sério.

— Desculpa, filha. — dei um beijo na cabeça dela ao entrar no banco de frente.

— Você e meu pai se amam, mãe?

— Não, filha. Papai e mamãe são só papai e mamãe. Eu amo você e seu irmão. Amo a vovó Van, o vô Jordão, tia Angélica, seus primos.

— Mas por que não o papai e a vó Jô?

— Porque eles estragaram o amor que a mamãe tinha por eles, mas você tá muito nova pra entender isso, tá? Você pode amar eles sem problemas.

— Então tá bem, né? — se ajeitou no banco do carona, mas pela cara, não estava nada satisfeita com o que eu havia dito. — Posso mesmo? Você não vai ficar triste?

— Claro que não, filha. Eles também são sua família. — ela me olhou e abriu um sorrisinho de canto.

META
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