— Tá dizendo que quem é bonito meu filho ou meu marido? — arqueei a sobrancelha e ela pareceu um pouco assustada. Rogério logo chegou junto e eu dei um chega pra lá nele, saindo de perto.Voltei pra mesa onde estava com minha mãe, meu padrasto, a mãe da Rafa a tia dela.
— Filho, já disse que não pode ir no colo de qualquer uma, né? — falei quando ele veio beber água, o bonito riu sem entender e não demorou muito a voltar pras brincadeiras.
Rogério não veio atrás de mim não, e eu mantive a minha onda, até a Rafa fazer sinal, chamando pra tirar fotos.
— Hora dos padrinhos, irmã. — dei uma ajeitada no batom e fui.
Posamos pra foto, eu, Luiz Arthur e Rogério. Eu querendo dar uma voadora nele, mas mantendo a linha plena, porque eu não sou bagunça. Pós foto, deixei o Luiz ir brincar e saí em direção a mesa, até o Rogério me segurar pelo braço.
— Tá viajando, cara.
— E quem é que tá pagando a passagem? É você? Não. Então, me solta. — balancei o braço pra ele me soltar e saí andando.
Voltei pra mesa e minha mãe logo percebeu minha cara de poucos amigos, tentei esboçar um sorriso, mas foi em vão.
— Ta acontecendo alguma coisa?
— Não. — respondi simples, comi uns três salgadinhos um atrás do outro, tomei o refrigerante e continuei olhando as minhas crianças.
Passado um tempo, Rafa nos chamou para cantar os parabéns, passei pelo Rogério como se ele fosse um pedaço de merda, só desviei e fui pra mesa. Peguei o Nathan no colo, e a Nanda correu pro pai dela. Ele ficou parado atrás de mim, pôs uma das mãos na minha cintura e eu fiquei como se nada tivesse acontecendo, enquanto cantávamos parabéns.
Assim que acabou tudo, as crianças já estavam mortas de cansaço, mas como sempre, tem que rolar um furduncinho pros mais velhos, né? Nathan dormiu no meu colo e a Nanda estava quase, encostada na minha costela, enquanto eu a envolvia com um dos braços.
— Filha, fica aqui. Eu levo eles pra dormir lá em casa, amanhã você pega, mas pega a noite. — rimos. Minha mãe adora ficar com os netos dela, às vezes, eu acho que ela vai pegar e não vai mais devolver.
— Tudo bem, mãe. Tem roupa lá? — Jordão veio pegar a Nanda no colo e ela sorriu. Uma paixão por esse avô que chega a dar vontade de chorar. Eu levantei e minha mãe pegou o Nathan, que só mudou a posição da cabeça e continuou dormindo. Também, né? Correu tanto, brincou tanto que eu acho que minha mãe nem vai conseguir dar banho nele.
O Jordão foi um verdadeiro anjo que apareceu em nossas vidas, ele cuida muito bem das crianças e ainda melhor da minha mãe. Eu sou apaixonada por eles, sem mais.
— Vou com vocês até o carro. — ajudei pegando as coisas da minha mãe e levei até o carro. Assim que eles se acomodaram. Dei um beijo nela. — Qualquer coisa liga, tá? Amo vocês 4. — mandei beijo pro Jordão também e eles saíram.
Voltei linda pro salão, e a mesa já estava cheia de whisky e red bull, não falei nada com o Rogério, fui em direção a Rafa e peguei dois copos. Um fiz de whisky com gelinho e o outro, a cervejinha de lei. Rogério só me olhou e eu dei de ombros.
A tal da Jaque, estava lá com mais duas meninas, elas pareciam novinhas, sabe? E eu nunca tinha visto elas pelo morro. Rafaela, como sempre, não tinha notado nada, não dá pra exigir muito, porém eu estava com as antenas bem ligadas.
— Ô comadre. — Renan me chamou e eu virei. — Daqui a gente vai pro baile, hein.
— A gente quem?
— Nós todos.
— Ah tá, sabia não. — falei sem algum interesse e virei novamente pra Rafa. Dei uma golada no meu copo de cerveja, e ficamos fazendo nossas fofocas de sempre, falamos sobre família (a nossa e a dos outros).
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DONA DE MIM 💋
Ficção Adolescente(2017/2022) ⚠️ PLÁGIO É CRIME! ⚠️ Minha vida nunca foi exemplo, e nem quero que seja. Saio a hora que quero e volto a hora que acho que devo. Nunca dei satisfações pra ninguém além da minha mãe, e nem pretendo dar. Você acha que tá ruim? Eu só lame...