DONA DE MIM 💋

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ROGÉRIO

Saí de casa cedo, nem tomei café, passei o rádio pro Renan e fui na padaria. Pedi um café forte, uma coca-cola e um misto.

Renan chegou depois, sentou do meu lado e começamos a trocar ideia, pediu um misto também.

— Vai partir que horas?

— Sei não, mano. Que horas dá pra tu?

— A hora que tu falar, po. Já avisei pros cara lá na loja e falei com chefe, to à disposição.

— Tô com uma ressaca do caralho. Manuela tá virada no bicho.

— Falei p tu meter o pé cedo, na hora que eu saí.

— Viajei mermo, po. Mas vou lá pegar o negócio e ver qual vai.

Amanhã, eu e a Manuela fazemos 3 meses juntos, sem contar que falta pouco pro aniversário dela, já tava falando com o Renan que a gente ia dar um pulo na pista pra comprar umas paradas.

— Bora. — falei com ele quando cheguei na praça. Ele entrou no carro e guiamos.

Encontrei com a Stefany na subida do morro, ficou me encarando pra caralho, mas nem rendi. Minha mãe foi a gente também, pra me dar uma moral. Deixamos ela no shopping, enquanto eu e Renan fomos na concessionária de um parceiro nosso, dei uma olhada nos carros e panhei uma Strada pra ela. Cansado de ver a minha preta andar de ônibus, po.

Dei um malote de entrada e financiei o resto, 5 parcelas só. Mandei botar aquele laço em cima e tudo. Renan foi dirigindo o meu e eu o dela, minha mãe já tava esperando a gente no caminho. Cheguei no morro e foi aquela correria, todo mundo saindo pra ver.

Estacionei no portão, passei as sacolas pro carro e chamei na buzina. Renan se adiantou pra deixar minha mãe em casa.

— QUE PORRA DE BUZINA... — parou de falar quando me viu encostado no capô. — Que isso, Rogério?

— Ué, amor. É teu, vem cá ver. — fiz sinal pra ela vir até mim. — Vem logo, po.

Ela veio meio receosa, sem entender nada, tava de pijama curto pra variar, mas nem fiquei puto não.

Andou em volta do carro, abriu a porta, entrou no motorista, sentou, arrumou o banco, ligou o carro e encostou o rosto no volante. Eu rindo demais da cara dela, muito engraçada. Nem parecia a brigona que tava abrindo a porta por conta do caralho.

— Colfoi, preta. Gostou? — abri a porta e sentei no carona. — Tem mais coisas aí atrás, po.

— Que isso, cara? Endoidou você. — saímos do carro, pegamos as parada. — Fez merda grande, né Rogerio? Eu não vou te perdoar. Toma aqui! — pegou a chave e fez menção a me entregar, enquanto entravamos pra casa.

— Tá maluca? Eu ia arrumar essas parada tudo se eu tivesse feito merda? De onde tu tirou isso? — fiquei bolado logo.

— Ué... Nem dia especial é hoje.

— Como assim? Tu tá de marola. Tem três meses que "nós tá" junto, amigo. Né dia especial não? Tá maluco. — deixei as coisas em cima da cama e deitei do outro lado.

Ela não me falou mais nada não, mas abriu tudo, experimentou e depois caiu de beijo em mim, até esqueci que ela tava desconfiando de mim há 30 minutos atrás.