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ROGÉRIO

To pensando pra caralho na Manu, to com saudade de casa, do carinho, da comida, de dormir agarradin na minha preta, po.

No primeiro fim de semana, fui até de bicho no baile, mas tá ligado quando tu sente que tá faltando alguma coisa? Então, foi isso, po. Fiquei caretão, sem vontade de nada, mas a gente precisa desse tempo.

Passei os dias tranquilo, procurei ficar afastado mermo pros dois sentirem, tá ligado? Não sei se ela sentiu, mas mermão, eu senti pra caralho. Sou mais do que apaixonado nessa preta, tá maluco.

Quando eu falo que o inimigo fica na espreita, esperando o momento certo pra tudo, ninguém leva fé, po. Acredita que a Stéfany veio na minha direção cheia de onda? Doidona, po. Carina, mermo com o Jaca, fez igual, dei o papo pra ele, né? Tá maluco, me envolver nesse bagulho.

Um dia desse aí, comemoramos o aniversário do Diguin, Manu passou pela praça, fiquei encarando mermo, ela tava com a cara estranha, sabe? Parece que tá doente, po. Fiquei esperando ela me ligar, mas deu em nada, não ligou, então, sabendo do orgulho da peça, fui atrás, deixei uns dias passarem né, mas marquei de ir lá em casa, pra trocar uma ideia.

Cheguei e tá ela se entupindo de comida fraca, po. Sem juízo, fico puto com essas coisas, sem contar que ela deu uma emagrecida legal, não come um arroz com feijão, não toma uma vitamina de banana, mas enfim. Já cheguei dando uma bocada no sanduíche dela e sentei no sofá.

Sabe quando parece que tu tá vendo a pessoa pela primeira vez? Aquele nervosismo, po. Eu parecia uma criança perto dela, faltou só tremer.

— Como você tá? — botei a perna dela em cima do meu colo.

— Eu tô bem e você? — só pelo tom de voz, eu sabia que não tava.

— Tô bem, pretinha. E com saudade de tu. — ela sorriu de automático.

— Eu também tô com saudade de você. — deixou as coisas na mesinha de centro e sentou no meu colo, de frente pra mim. — Volta pra casa, eu não aguento mais ficar longe de você. Já entendi que eu errei e que eu vacilei contigo, mas eu não aguento mais ficar longe, tudo aqui em casa me lembra a gente, tudo que eu faço, penso em te conter e sei lá, é estranho não ter você aqui. — botei as mãos na bunda dela e fiquei alisando.

— Eu sou apaixonado por você. Foi tortura demais ficar longe de tu. Desculpa por ter te deixado passar por isso, papo reto mesmo.

— Não precisa pedir desculpas. — puxou meu lábio inferior e soltou. — Eu te amo muito. E eu precisava passar por isso, precisava enxergar além.

Não falei mais nada, começamos a nos beijar, papo de beijo com saudade, com vontade, muito tempo que a gente não se tem assim. Nem precisou de muito tempo e eu já tava com o pau em ponto de bala.

Ela sabe muito bem o que fazer, conhece muito bem meus pontos fracos, e brinca direitinho. Tiramos a roupa e ela veio sentando pra mim, rebolando essa raba toda no meu colo, gozamos juntos, e ela não parou de rebolar, foi até a falha dela, dei um tapa em sua bunda e ela gemeu manhosa no meu ouvido.

Depois de tomarmos nosso banho, deitamos juntos na nossa cama, no nosso quarto, e ela dormiu no meu peito. Tive certeza de que eu não queria estar em outro lugar que não fosse ali, que não fosse com ela.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora