DONA DE MIM 💋

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— Pai do Diguinho. Pessoal pediu pra eu e Renan não brotarmos na pista por enquanto. — foi pra cozinha preparar o café.

Estava mexendo no telefone e mais uma solicitação de mensagem chegou.

Direct Message ✉️

@lucasmpx te enviou uma mensagem.

✉️ po, eu sei que tu ficou online.
✉️ quero te ver, vou atrás de vc onde estiver, po.
✉️ tu não merece ficar com bandido não po.

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Eu não tenho paciência pra essas coisas, cara. A pessoa já acorda nisso, tá doido. Não sei o que eu fiz pra merecer isso.

Rogério voltou com as nossas comidas, eu fiquei quieta, ainda estou puta pela palhaçada dele de ontem, eu hein.

— Você nem me avisou que já ia, nem fez questão.

— Vai começar com o drama logo de manhã? — revirei os olhos. — A grávida sou eu.

— É drama querer me despedir direito da minha mulher?  — me deu um cheiro no pescoço e eu permaneci imóvel.

— Já te falei, Rogério. Tá se importando tanto que passou por mim na praça, não me viu, foi beber e ainda acreditou em fofoca na rua, veio cheio de marra e dedos pro meu lado. Fala sério, cara. Pensa um pouco! — ele ficou murchinho e eu terminei de comer.

Deu a hora dele ir pra loja e eu fiquei em casa, ficamos naquele clima estranho mesmo, tô no meu direito e odeio graça. EU SOU DIFÍCIL, fazer o quê?! Minha mãe chegou com as coisas dela e do Jordão também.

— Bom dia, minha preta. Tá tudo bem aí? — me deu um beijo na testa.

— Tá tudo sim, mãe. Preparados?

— Super, mas eu e o Jordão vamos na frente, casa fechada há muito tempo, vamos dar uma geral lá pra vocês ficarem bem. Consegue ficar aí sem fazer merdinha?

— Acho que consigo. — dei risada. — Já tomei café, depois eu esquento o almoço e mais tarde eu tô lá.

— Então, tá bom. Eu espero vocês! — me deu mais um beijo e saiu.

Passei o dia resolvendo as coisas das vendas e entregas, terminei, esquentei o meu almoço e o Rogério chegou.

— Sr Hélio vem te pegar 14h.

— Ta bom. Tem como trazer minhas coisas aqui pra sala, por favor?

— Tem sim.

Enquanto eu almoçava, ele pegou as coisas e deixou na sala, arrumou o almoço dele e comeu pela cozinha mesmo. Cheio de gracinha, cara. Haja a tal da paciência.

14h, Sr Hélio chegou lá em casa, me deu um beijo na testa e já foi direto na cozinha. Peguei as coisas que podia carregar na mão e fui pro carro, me ajeitei no banco, pus o cinto e relaxei o corpo.

— Boa tarde. — falei com todos.

—  Tá de mau humor, linda? — Rafa falou.

— Tem dúvidas? — dessa vez, foi a minha sogra quem falou.

— Péssimo. — dei risada e mexi com o Luiz.

— Sua mãe foi de carro?

— Aham, ela e o Jordão. Foram limpar lá, casa fechada e tal. — falei breve.

— Ah tá, irmã.

Ficamos conversando sobre qualquer coisa lá no carro, enquanto os meninos arrumavam as coisas na mala.

— Manuela? — ele pôs o carão na janela.

— Meu nome. — abri o vidro.

— Eu amo muito vocês. — me deu um beijo e eu retribui.

— Nós também te amamos e esperamos que você tenha juízo e se cuide.

— Terei, desculpa por qualquer coisa aí. Mãe, te amo!

— Tudo bem, tá desculpado. — nos demos mais um beijo, Renan entrou no carro e deu partida.

— Te amo, filho. Se cuida! — disse minha sogra chorando.

Negócio ruim esse de se despedir, você nunca sabe quando vai ver a pessoa de novo. Ainda mais nessa situação.