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ROGÉRIO

Uma coisa é fato, meu parceiro. Tu pode ir pra qualquer lugar do mundo que tu vai encontrar um conhecido, né não? Saí do meu lugar e dei de cara com um cria, pior ainda, meu ex cunhado, né? Namorei irmã dele mó tempão, achei que a mina não tava lá, depois chegou. Ossada!

Manuela percebeu o bagulho de cara, conheço a mulher que tenho, po. Já cheguei perto dela, mas geral já sabe como o jogo dela é, mulher braba demais.

— Quem são? — meteu séria e sugou o canudo.

— Conhece não, po? Moram lá perto do morro. Juninho vai em baile lá direito. — falei simples.

— E as meninas? — arqueou a sobrancelha.

— Uma é irmã dele e a outra é... não sei. — dei de ombros.

— Não sabe? Entendi.

Saiu de perto e foi dançar com as garotas, bebi direitinho e saímos de lá com o sol nascendo, ela gosta disso.

Cheguei no quarto, tirei a roupa e só deitei, tentei até fazer um amor, mas o humor não tá dos melhores.

Agora to aqui deitadão, olhando qualquer parada na TV e ela virou de costas pra mim, irmão. Não vou nem mexer...

Acordei recebendo o carinho dela, senti quando começou a beijar meu pescoço e foi descendo pelo peitoral até chegar na barriga, me deu umas mordidas e já entendi o que ela queria. Gosto pra caralho quando ela me acorda assim, mermão.

Ela tirou minha cueca com calma e começou a me chupar, meu pau já começou a pulsar, ela faz um negócio que to pra falar, não tem igual. Segurei firme no cabelo dela, que desviou o olhar pro meu e piscou um olho só, me chupou até eu gozar e engoliu tudinho. Passo mal, o corpo todo treme, tá maluco, que mulher é essa.

Demorei um tempinho pra me recuperar, enquanto ela foi no banheiro fazer as paradas dela. Continuei deitado e ela voltou sorrindo, só de calcinha com uma camiseta.

— Gostou do meu bom dia? — riu e sentou na beirada da cama.

— Tem como não gostar, po? — dei uma mordida no braço dela. — Vamo descer pra comer e partir pra Arraial?

— Claro, amor! Vai tomar banho... — me empurrou, brincando.

Tomei meu banho, ela arrumou as paradas pra gente levar, descemos, comemos e partiu Arraial. Demorou muito não, o dia tava lindo e fomos pro Pontal do Atalaia, papo de paraíso mermo, tá ligado?

Aluguei as cadeiras e o guarda-sol, arranjei um lugar e ficamos por lá, pedimos cerveja, porção de camarão pra mim e de filé de peixe pra ela.

— Amor, vou dar um mergulho. Vai ficar aí? — disse tirando os óculos e a viseira.

— Vou ficar te admirando, po. Vai lá. Sou muito fã de água não... — me deu um beijo e foi.

Fico bolado com os cara encarando ela, menor. A mina é linda demais, chama atenção mermo, e eu pago pau, sem neurose.

To pensando em falar pra ela o bagulho da mulher lá na boate, que era minha ex, tá ligado? Porque se ela souber por outra boca, vai ser pior.

As paradas chegaram, fiz sinal pra ela. Saiu da água e veio na minha direção, um maluco parou ela e eu continuei olhando, ameacei levantar, mas fiquei de boa, tenho que me controlar.

— Que que ele queria?

— Saber se eu sou modelo. — sentou e começou a comer.

— Vagabundo cismou com isso, hein.

— Não é? To começando a cogitar a possibilidade. — deu risada e eu fechei a cara na hora. Morro de ciúmes dessa doida, imagino ela estampada nos bagulho não, tá maluco.

— Falo nem nada pra tu, po.

— Fala mesmo não, lindo. É melhor! Nosso último dia de descanso, vamo evitar o estresse. — cagou pra mim mermo.

Ficamos trocando ideia, bebendo e curtindo o dia maravilhoso. Eu nunca pensei que ia conseguir viver uma parada assim, tá ligado? Nunca mermo. Só agradecer. Sei que a vida que eu levo é errada, mas sem ela eu acho que não tava aqui, dessa forma.

Deu certa hora, paguei as paradas na barraca e metemos o pé pro hotel. Claro que rolou aquele banho juntinho, né? Gosto muito. Resolvemos pedir uma parada e ficar no quarto mesmo, amanhã vamos meter o pé.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora