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META
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MANUELA

Maldita (ou bendita) foi a hora que eu disse as seguintes palavras:

— Então, me fode sem pena.

Eu, há mais de 1 ano sem sexo, sem beijo, sem qualquer contato físico ou virtual com um ser humano de sexo oposto, meto um papo desse no meio do sexo, pra um novinho de 19 anos? Eu, com 25... Tô é morta.

A partir desse momento, o que era um tesão tímido, aos meus olhos, não existia mais. Nós dois esquecemos toda e qualquer vergonha que podíamos ter até ali.

Ele me virou de quatro e eu encostei os seios e rosto no colchão, empinei o máximo que pude, enquanto ele com uma de suas mãos, segurava as minhas mãos pra trás, enquanto com a outra, segurava firme na minha cintura e estocava com mais pressão e mais intensidade.

Eu gemia alto e não conseguia me conter. Sentia uma dor fina quando ele ia até o talo, mas confesso que queria sentir essa dor mais vezes.

Ele foi diminuindo as estocadas aos poucos, pegou forte no meu braço e me olhou bem nos olhos.

— Agora eu quero ver tu sentar pra mim!

— Falou a minha língua. — disse toda me sentindo.

Ele sentou na cama e eu fui engatinhando até ele, enquanto seus olhos percorriam pelo meu corpo e eu me sentia a mulher mais bonita e desejada do mundo. De verdade, eu nunca me senti assim.

Me encaixei em seu colo e sentei devagar, sentindo cada cm do seu pau me invadir. Apoiei os joelhos de forma confortável ao lado de seu corpo, segurei e sua nunca, fazendo com que seu pescoço pendesse um pouco pra trás e comecei os movimentos.

Eu estava com a boca próxima da dele, enquanto gemia de forma provocativa. Passei a rebolar com mais intensidade e intercalava com movimentos de vai e vem. Nós nos olhávamos, sorriamos, gemíamos e ele ficava cada vez mais gostoso e eu com mais tesão.

Senti que logo iria chegar ao ápice, meu corpo começou a dar sinais e eu dei um migué, dando uma diminuída nos movimentos.

— Tá cansada, é? — ele puxou meu lábio inferior. — Ah, já sei, vai gozar, né? Filha da puta! Gostosa do caralho.

Ele segurou meus braços pra trás do meu corpo e começou a estocar de baixo pra cima. Eu não podia fazer nada, a não ser me entregar pra esse momento maravilhoso e foi o que fiz: cheguei ao ápice e gozei como nunca.

Na mesma hora, meu corpo amoleceu e eu não tinha mais reação a não ser mordê-lo, já que meu rosto agora estava encostado em seu ombro. Ele não parava e eu tive mais um orgasmo, perdi a força até da boca. Em seguida, ele gemeu mais alto, então, entendi que ele gozou e caí pro lado. O meu corpo desligou.

— Manu? Manuela? Manu?

Acordei com ele me sacudindo, abri os olhos com certa dificuldade e ele estava assustado, segurava um copo de água gelada pra mim. E eu, não conseguia nem esticar o braço.

— Dormi muito? — falei baixo e um pouco embolado.

— Que? Filha, não faz isso não. Não morre aqui, agora, assim não. Morrer pelada é foda. — ele falava, enquanto tentava me botar em cima dos travesseiros, pra eu ficar um pouco sentada, eu não tinha forças pra rir. — Bebe água, respira, por favor. Qual foi?!

— Eu não consigo.

Com muito custo, peguei a água e não aguentava nada, meus braços estavam tremendo e ele me ajudou a beber um pouco.

— Tá melhor?

— Um pouco, mas preciso me recompor. — ele riu, deixou o copo de água no chão e veio pro meu lado, se aninhando em mim.

— Quer que ligue o ventilador? — fiz joia e ele ligou com o controle.

Ficamos por algum tempo quietos, só curtindo a companhia um do outro. O barulho era apenas do ventilador e da minha mente que ecoava um: "Ê Manuela, veio pra dar um chá, tomou uma coça e ainda desmaiou. Só vergonha, tá velha mesmo."

Depois de algum tempo, senti que seu corpo estava mais pesado e percebi que ele tinha cochilado. Então, me ajeitei nele e fui no embalo também.

Mais tarde, o dia tava amanhecendo, ouvimos gritos do lado de fora, e nós dois acordamos assustados. Ele levantou, catou a bermuda que tava no chão e foi direto na porta, sem escaldo nenhum.

— Qual foi? — deu um gritão.

— Patrão mandou te chamar pra render o moleque lá na XV. — ouvi alguém gritar de volta.

— Já é. — bateu a porta. — Porra, na moral... Tem nem cinco horas que eu saí do meu plantão, aí tem que render os outros. Vai se foder!

— Mas isso acontece sempre? — perguntei meio perdia ainda.

— Não, preta. Só depois que... — parou de falar e negou com a cabeça. — Deixa essa porra pra lá. Quer ficar dormindo aí? Pode ficar a vontade, depois tu me aciona e eu te busco.

— Não, não. Vou contigo agora. Pode ser?

— Claro, po. — veio na minha direção e se inclinou pra me dar um selinho.

— Me empresta uma blusa sua?

— Pode escolher. Tu que manda. — falou sorrindo e se afastou, indo em direção ao guarda-roupas. Abriu o mesmo e me olhou. — Vou só escovar o dente e lavar a cara, mas escolhe aí...

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora