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MANUELA

— Mãe, eu quero ir agora. — me deu um estalo e eu levantei.

— O que, garota?

— Quero ir pra casa, ué. — ri. — Se não puder, vamos amanhã. — falei e fui pro quarto.

Comecei a arrumar as coisas, mas como sou organizada, não tinha muita coisa pra fazer não. Tomei um banho, troquei a roupa e voltei pra sala, minha mãe e Jordão já estavam arrumados me esperando.

— Ô nega, tá com saudade de casa? — Jordão me zoou.

— Preciso resolver umas coisas, tio. — ri e ele me entendeu. — E vou pegar o Rogério na boa.

Levamos as coisas pro carro e enquanto o Jordão o tirava da garagem, fomos conferir se estava tudo fechado. Saí com minha mãe, entrei no carro e guiamos pra casa.

Quando cheguei no morro, a praça tava lotada, acho que tinha até um pagode. Jordão demorou ate chegarmos em casa, mas tudo bem, o importante é que eu cheguei. Estacionou no portão e eu vi a moto do Rogério estacionada. Agradeci mentalmente e dessa vez, não o peguei com a boca na botija.

— Obrigada, amo vocês. — disse ao sair do carro.

— Qualquer coisa liga, que eu venho te buscar. Olha só, não faça nada que você vá se arrepender depois. — minha mãe falou, me mandou beijo, retribui e entrei arrastando a minha malinha.

Entrei em casa e dei de cara com o Rogério na sala, levei até um susto, achei que ele estivesse deitado. Deixei a mala perto da porta, fechei a mesma e fui abraçá-lo, sem pensar duas vezes. Ele me recebeu muito bem também, e acho que era isso que nós dois precisávamos.

— Eu... — colei a boca na dele interrompendo.

— Você nada. Deixa que eu falo. — dei um selinho nele. — Eu quero te pedir desculpas por ter agido assim nos últimos dias, quero te pedir desculpas por tudo que tenho feito. Eu te amo muito e só quero você, morro de medo de te perder. Fiquei muito puta com o que vi na internet, mas depois de muito pensar, vi que é isso que as pessoas querem, nos ver separados. As pessoas querem ver o nosso inferno, porque sabem que somos o céu um do outro. Eu não quero ficar longe de você nunca mais. Tá me entendendo? — ele sorriu e concordou com a cabeça.

— Você é mó difícil, eu te conheci assim e não quero te mudar. Eu te amo assim, sei que errei também, mas eu juro pelos nossos filhos, foi muito sem intenção. E acho que nós dois temos que ser sinceros um com o outro, já que geral sente ciúmes, inveja, sei lá o quê da nossa vida, do que a gente vive. — concordei com a cabeça e ele me deu um selinho.

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