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TRÊS ANOS DEPOIS

— NÃO MEXE AÍ! - deixei Fernanda em pé na beirada da cama, toda arrumadinha e saí correndo atrás dele pelo corredor. — Vem cá, seu sapeca. — peguei-o no colo e voltei pro quarto, ele não parava de gargalhar.

Terminei de arrumar os dois, tirei uma foto, guardei o celular, dei uma olhada no espelho e saímos pela casa.

— Cadê os amores da vida do papai? — eles saíram correndo de encontro a ele que se abaixou e pegou os dois no colo, arrumando um de cada lado. — E essa mulher linda aí? Tá online? — me aproximei dele sorrindo e dei um beijo.

— Só se for pra você. — peguei as chaves e saímos de casa.

Hoje é aniversário do meu afilhado, a festa vai ser daquelas, já imagino essas crianças correndo pra baixo e pra cima e eu que nem uma doida atrás. Meu Deus!

Nathan não parece aquela criança que foi dada como morta pelos médicos, ele me dá mais trabalho que a Fernanda, chega a ser difícil acreditar. Mas eu não reclamo, de forma alguma, eu amo os meus milagres e não tenho do que reclamar. Só tenho uma coisa a dizer: ser mãe dá muito trabalho.

Minha mãe me ajuda com eles, quando tenho que tirar algumas fotos e visitar as lojas, mas eu procuro estar a maioria do tempo junto, participando de tudo. O Rogério, então, nem se fala. Pensa que o cara é um pai babão daqueles, quer ficar 24h por dia em cima, faz tudo pelas crianças e até esporro toma, porque vive tirando minha autoridade.

— Nega, acho que o Nathan quer mijar, vou levar lá dentro. — disse pegando-o no colo.

— Ele quer fazer xixi, mijar não. — dei risada e passei o olho pra ver onde a Fernanda estava.

Nanda é muito diferente do Nathan, eles são um equilíbrio perfeito. Quando ela resolve me dar trabalho, ele não dá, quando ele resolve, ela não. Na maioria das vezes, quem me dá dor de cabeça é a espoleta do Nathan, sempre correndo pelos lugares, quebrando as coisas, se quebrando e assim vai.

Fiquei um tempo na mesa e nada dos bonitos voltarem, levantei plena e dei um rolê pelo salão, até que vi o Nathan no colo de uma doida que eu nunca nem vi. E o Rogério conversando com uns amigos dele, logo me aproximei.

— Oi, você é a famosa quem? — peguei meu filho no colo e já logo virei as costas, botando-o no chão em seguida. — Vai lá na sua irmã, filho. Vai brincar com os colegas.

— Sou a Jaque, amiga dos meninos. Seu filho é lindo, a cara do pai, né? — me virei logo.

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