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Passei na moça dos salgados, peguei o carro e guiei pra casa. Guardei na garagem e entrei. Ouvi a voz do Renan e o coração já deu aquela acalmada, subi correndo pro quarto e o Rogério deitado na nossa cama.

— Filho da puta. Que saudade de você. — sentei na beirada da cama, abracei e ele gemeu um pouco. — O que foi?

— Só não deu pra te esperar pelado, né? Casa tá cheia. — riu. — Ganhei um presentinho. — levantou a coberta e me mostrou um machucado embaixo da axila.

— Cara, isso tá horrível.

— Minha sogra já tá cuidando, bebê. Desculpa.

— Menos mal. — abaixei o rosto dei um beijo nele. — Ainda tô puta contigo, mas depois a gente troca ideia.

— Nosso afilhado é lindo, né amor? — mudou de assunto rapidamente, malandro que só.

— Maravilhoso. — dei risada. — Parece que senti que você viria hoje, comprei até aqueles salgados que você gosta.

— Quero mermo, comi mas quero mais. — deu risada.

— Você deu uma emagrecida grande.

— Só tinha água lá... — falou baixo. — Mas não vamo falar de coisa ruim hoje não, né mermo?

— Isso!

Peguei a bolsa com os salgados dele e ele ficou comendo, fui ao outro quarto ver como a  Rafa estava, dei um abraço apertado no Renan e fui ver meu afilhado. Entreguei as coisas que comprei pra eles e desci pra fazer a janta.

Alguns dia depois da volta dos meninos, sentei pra conversar com o Rogério sobre tudo o que tinha acontecido entre nós dois e falei o quanto o amava e prezava pelo nosso relacionamento, mas que eu nunca na vida, iria aceitar qualquer vacilo dele.

— Tô te dando meu papo de homem, preta. Não quero e nem vou ficar com mais ninguém que não seja tu... Esquece essas parada. Eu errei em não ter falado nada contigo, mas é porque eu não sabia como dizer, sem que tu batesse neurose e no fim, ficar sem dizer foi pior.

— É sempre pior não dizer. É sempre pior me deixar saber pelos outros... Prefiro que você me dê a ideia. Não importa qual seja. — ele me deu um selinho. — Queria falar mais alguma coisa.

— Pode falar, preta.

— No dia da invasão, os policiais tentaram entrar aqui em casa, não sei a mando de quem. — o semblante dele mudou na hora.

— Eles fizeram alguma coisa contigo? — falou puto.

— Não, não fizeram. Mas eu acho que deveríamos mudar de casa...

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora