DIAS DEPOIS
MANUELA
Foram dias muito tensos. Embora a operação tenha sido branda perto de tudo o que já passamos aqui na comunidade, eu senti tudo numa intensidade indescritível.
Hoje, domingo, às 5h da manhã, apareceu um rapaz gritando muito no portão. Eu levantei desesperada, né? E pensando logo no pior. Era um dos moleques de recado dos meninos, me falando que os policiais tinham encerrado a operação e a qualquer momento os meninos poderiam chegar. Então, deixei o portão só encostado e entrei.
Por volta de umas 7h, escutei barulho no portão, em seguida, passos na varanda. Imediatamente, abri a porta e ele estava lá, aquele sorriso que, apesar de tudo, ainda estava maravilhoso.
— Desculpa. — ele ficou parado na minha frente. — Eu fiquei com muito medo de te perder. Posso tomar banho?
— Henrique. Eu nunca senti tanto medo.
— Eu não quero te abraçar assim. Tô fedido pra caralho, todo sujo. Mas mano, na moral... — respirou fundo e coçou a cabeça. — Vou tomar banho.
Hoje é domingo de Páscoa, eu já tinha preparado umas coisas pra eles e pras crianças. As crianças, só chegam na terça, então, hoje é a vez do Novo.
Enquanto ele tomava banho, dei até um pulo na padaria pra buscar coisas frescas, preparei uma mesa de café da manhã, regada, porque eu sei como as coisas são pós operação. Ele ficou papo de 40 minutos lá.
— Você é foda. — chegou atrás de mim, segurando na minha cintura, eu tinha acabado de ir pra cozinha e arrumava mais a mesa. Ansiosa é pouco pra mim.
Como eu estava de coque, ele deu alguns beijos e mordidas na minha nuca. Em seguida, me deu um cheiro forte e ficou passando o nariz pela área.
— Vai se alimentar. — falei manhosa.
— Vou, mas depois...
— Você vai descansar. — virei pra ele e dei um selinho demorado. — Quando você me estiver aguentando, a gente vai.
— Tá duvidando de mim, Manuela? — puxou meu lábio inferior. — Que saudade de ficar chamando esse nome. — Sentamos à mesa e ele se fez. Comeu quase tudo, tava desesperado.
Depois disso, fomos pro meu quarto e começamos a conversar.
— Quero te falar um bagulho. — disse imitando ele.
— Fala, Manuela. — ele não tirava os olhos de mim, me média toda e eu já tava molhadinha.
Fui até o meu armário e peguei uma cesta que eu tinha preparado pra ele. Chocolates, uma blusa do Flamengo, biscoitos amanteigados (que ele é viciado), mais umas bobeirinhas de doce e cinco vales.
— Caô, Manuela. Que vergonha! Não comprei nada pra tu... — os olhos dele brilhavam e eu me senti realizada.
— Eu nem gosto de chocolate. — sentei na cama, enquanto ele abria.
— Dá um beijo aqui, Manuela. — se virou, inclinando o corpo pra mim e nos demos mais um selinho.
Enquanto ele se fazia com a cesta, eu deitei, finalmente, relaxando depois de todos esse dias. Fechei os olhos e agradeci a Deus imensamente a vida dele, pedi a Deus que me desse sabedoria pra saber falar com ele sobre o que eu quero e espero das nossas vidas. Eu, sinceramente, não sei se aguento viver assim. Não tenho mais saúde.
— Dormiu? — sussurrou no meu ouvido.
— Não. — abri os olhos e virei meu corpo pra ele.
Iniciamos um beijo com muita vontade, saudade e desejo. Empurrei seu corpo e fiquei por cima. Aproveitei que ele estava sem camisa e fui parando o beijo com selinhos, desci arrastando a boca pelo seu pescoço e em seguida pelo peitoral. Com a ponta da língua, desci até a bermuda e abri a mesma, puxando-a pra baixo, junto com a cueca.
Posicionei meu corpo entre suas pernas e o encarei de baixo pra cima.
— Brinca não, Manuela. — ele falava sério, enquanto seu pau rígido, pulsava próximo a minha boca.
Sem encostar as mãos, passei a boca por todo o cumprimento do seu pau até a glande e a abocanhei. No mesmo momento, ele soltou um gemido rouco, um pouco abafado e eu fiquei ainda mais instigada.
Minhas mãos estavam apoiadas uma em cada lado de seu corpo, e eu me fazia sem segurar. Volta e meia, ele saia da minha boca, estava completamente duro é molhado, Henrique gemendo tão gostoso que eu queria ver era o circo pegar fogo.
— Ô Manuela, eu todo debilitado aqui, po. Tu vai me matar. — falou ofegante.
Parei de chupá-lo e subi meu corpo. Eu ainda estava de camisola, e sem calcinha. Ele não sabia. Apoiei um pé de cada lado de seu corpo, encaixei em seu pau e sentei devagar, olhando fixamente para ele.
— Filha da puta. — ele sussurrou.
Comecei com movimentos de vai e vem, devagar, enquanto meus pés aguentavam. Fui aumentando os movimentos, de modo que mexia só a cintura, contraindo e relaxando a musculatura em seu pau.
— Tá inspirada pra caralho.
— Saudade dessa tua piroca gostosa. — falei lambendo os lábios e ele sorriu safado, negando com a cabeça.
Sentia que ele estava se controlando ao máximo pra não gozar, mas eu queria ir até o nosso limite. Então, apoiei os joelhos na cama, me encaixei novamente nele e comecei a cavalgar.
Imediatamente, ele pegou no meu cabelo, segurando firme e puxando o mesmo. Entendi o recado, aumentei os movimentos e não deu pra ele.
— Para, Manuela! Eu vou gozar! — ele não tinha forças pra falar.
— Eu quero é isso. Limite! — meti séria, joelho gritando pra eu parar e eu possuída.
Gozamos juntos e eu caí pro lado. Morta, tentando controlar minha respiração.
— Eu te amo, sabia? — falei pausadamente.
— Que? — ele não conseguia nem se mexer, só virou a cabeça pro lado.
— É isso mesmo, Henrique. Eu te amo e tava com um medo do caramba de não ter você aqui de novo, pra dizer isso. Meu medo era que você não soubesse o quanto eu te amo. Que você fez uma loucura na minha vida, e eu não sei como pude deixar. Eu não queria ninguém na minha vida e você simplesmente entrou sem pedir licença, quando eu vi, já era tarde demais.
— O pós sexo com saudade te deixou maneirinha, Manuela. Vou ficar mais tempo fora. — empurrei ele. — Eu te amo pra caralho, só pensei em você nessa porra, todos os dias. Eu só queria que descer de lá e ter você do meu lado, tá ligado? Fiz uma parada e quero te falar.
— Ih, tenho medo.
— Me matriculei no EJA. Quero mais essa vida não... Não sei fazer mais nada que não seja do crime, mas to disposto a aprender.
META
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DONA DE MIM 💋
Teen Fiction(2017/2022) ⚠️ PLÁGIO É CRIME! ⚠️ Minha vida nunca foi exemplo, e nem quero que seja. Saio a hora que quero e volto a hora que acho que devo. Nunca dei satisfações pra ninguém além da minha mãe, e nem pretendo dar. Você acha que tá ruim? Eu só lame...