META
50 ⭐️ | 50 💬A noite estava gostosinha, volta e meia o Novinho passava na ronda e nos trocávamos olhares. Eu sabia que não estávamos passando despercebidos e gostava disso. Gosto dessa coisa dele de não ter medo de me olhar, não se acovardar quando o Rogério faz o maluco, enfim...
Eu não tinha bebido muito, até porque, se o fim da noite fosse do jeito que eu estava imaginando, eu tinha que pelo menos lembrar do que rolou.
Fui pegar uma água na barraca e na volta, dou de cara com o perturbado do Rogério. Passei direto dele e da mona e parei ao lado da Rafa.
— Quer ir embora?
— Eu não. Você quer? — tomei um gole da água.
— Eles vão ficar aqui, mona. Tenho medo que não seja legal pra você.
— O pior já passou, irmã. Hoje não faz diferença... — dei de ombros e voltei a prestar atenção em outras coisas.
Acabei esquecendo real da presença dos dois, até que senti algo molhar minhas costas, e quando olhei pra trás, era a tal da Jaqueline.
— Desculpa. Não te vi aí.
Olhei em volta e os meninos não estavam, respirei fundo, olhei nos olhos dela e meu celular começou a vibrar. Salva pelo Novo, ops, pelo gongo.
[barrostmanuela] rickpjl
Tô liberado já
Qr q eu te panhe ai?Não precisa não...
Tô descendo.Vou te esperar na praça.
FIM DA CONVERSA 📱
— O que aconteceu aí? — Rafa me olhava. — Achei que você fosse bater nela.
— Eu não. Tenho coisas melhores a fazer... — dei dois beijos nela. — Obrigada pela companhia.
— Já vai pra onde maluca?
— Viver! — dei risada e saí.
Saí da quadra e pra minha sorte, tinha um boy descendo, dei um gritão, ele parou e eu subi na garupa. Descemos até o ponto e de lá, fui andando bem tranquila pra praça. De longe, já avistei o Novo, tava de bermuda amarela, uma blusa preta e boné, encostado na moto, olhando de um lado pro outro. E assim que me viu, abriu aquele sorriso.
Enquanto eu andava até ele, me sentia como uma adolescente indo encontrar o seu primeiro namoradinho. Aquele frio na barriga, sabe? Aquela sensação gostosa da descoberta.
— Tá esperando alguém? — falei ao me aproximar.
— Não mais. — ele segurou na minha cintura e já colou meu corpo no dele.
— Po, cheiroso a beça. Tava no plantão assim? — falei e em seguida passei a ponta do nariz pelo seu pescoço.
— Claro que não, po. Fui em casa, tomei um banho esperto, né? — sorriu. — Tava me produzindo pra tu, diferente de você... — demos risada juntos. — Mas fala tu, vamo pra onde? Quer comer alguma parada?
— Vou deixar você me levar pra onde você quiser.
— Então tá bom, então... — sorriu e negou com a cabeça. — Bora lá pra casa?
— Você que manda!
Ele subiu na moto e em seguida, eu subi na garupa. Me entregou o capacete dele, eu botei e fomos até sua casa.
— É isso, sem mistério. — disse ao descer da moto.
Aqui onde ele mora é mais afastado, é tipo uma vila, mora mais o pessoal antigo da favela, é bem deserto a noite e a chance de alguém encontrar com a gente aqui, é zero.
Entramos e ele foi logo acendendo a luz. A kitnet era pequena, mas era super aconchegante, tudo arrumadinho, bonitinho, uma graça.
— Seja bem-vinda. Fica a vontade. — ele falou e em seguida, deixou as coisas no balcão que separa a cozinha do quarto.
— Vai dando condição, vai. Eu fico q vontade mesmo. — sorri e ele tirou a camisa, se jogando na cama em seguida. Eu sentei na beirada da cama e tirei meus sapatos, sem muita cerimônia porque eu amo ficar descalça.
— Fala tu, só não tem televisão, mas se tu quiser ouvir um rádio... — ele riu.
— Quero não, quero ouvir só você. — sorri e fui mais pra perto dele.
Ficamos nos encarando por alguns segundos, até que nossos lábios se encontraram e meu corpo entrou em choque, choque mesmo, interno. Eu não sabia dizer o que estava sentindo, se era bom ou maravilhoso, mas o nosso beijo encaixou muito bem.
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DONA DE MIM 💋
Teen Fiction(2017/2022) ⚠️ PLÁGIO É CRIME! ⚠️ Minha vida nunca foi exemplo, e nem quero que seja. Saio a hora que quero e volto a hora que acho que devo. Nunca dei satisfações pra ninguém além da minha mãe, e nem pretendo dar. Você acha que tá ruim? Eu só lame...