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— Amor, me ajuda aqui. — falou quase sem forças.

— Amor? Ajudar? Fui copo pra tu? Fui nada. Se vira aí e não suja o meu banheiro. Lavei hoje.

Não me respondeu, e eu deitei. Ficou passando mal mais um tempo e eu fingindo que não era comigo. Ele tomou banho, deitou e foi pro banheiro, passou mal de novo e eu sem conseguir dormir.

— Porra, Rogério. Que inferno, hein! Quem não sabe beber, bebe xixi. — levantei puta da vida e fui pra cozinha. Saí pela porta dos fundos, peguei umas folhas de boldo, fiz um chá e voltei pro quarto.

— Que isso, preta? — ele falou encolhido na cama.

— Toma essa merda e não enche o meu saco. — deitei e virei de costas pra ele.

Acabei dormindo e não sei mais o que aconteceu, mas acho que ele melhorou. Acordei no horário de sempre, abri a cortina e a janela, joguei o solzão na cara do bofe mesmo.

— Porra...

— É o cu da cachorra. Reclama não! — dei de ombros e fui pro banheiro fazer minha higiene matinal. E graças a Deus, o banheiro estava limpo.

Fui lavar umas roupas na área e deixei o café fazendo. Voltei pra cozinha, tomei meu café e voltei pro quintal de trás e terminei com as roupas.

Sentei na mesa lá e fiquei cutucando o celular, enquanto degustava mais um copo de café e comia uns biscoitinhos amanteigados.

Do nada, escutei a moto do Rogério sair e não acreditei. Ele tá de palhaçada comigo, ne? Só pode. Eu vou perder a linha e não vai demorar... Tenho tentado a beça, mas não tá dando.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora