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Eu e as meninas que conheci ficamos na água, enquanto os bofes bebiam no barco, uma delas mora perto do meu trabalho e a outra estudou no SENAI, nem lembro da mona, tadinha. O barco que estávamos era o mais top, com um som muito bom, tudo open e o Rogério se fazendo, tá igual pinto no lixo.

Tinham uns bofes babado perto da gente na água, não estavam no nosso grupo, estavam em uma lancha que também tava ancorada. Quando olhei direito pra lá, dois dos senhores que estavam no restaurante ontem, também estavam lá. Eles não paravam de olhar pra gente e tinha uma menina do "meu bonde"  dando super mole. Eu faço a egípcia, além de conhecer muito bem meu eleitorado, respeito muito e sei que fosse comigo, eu ia surtar.

Eu saquei que o Rogério percebeu, porque não parava de olhar pros caras. Subi logo na escadinha de volta pro barco e fui beber com ele. Tinha uma caipirinha sensacional lá, bebi umas 3, misturei com cerveja ainda. Estava alteradíssima.

Os meninos fizeram amizade com todo mundo que comandava o barco, da pra acreditar? Um dos meninos pediu pra ser o DJ, aí vocês imaginam a merda. O melhor de tudo foi que geral entrou no clima. Todo mundo mesmo. Adoro grupo assim!

O funk tava comendo solto, umas das meninas subiu na parte de trás do barco e me chamou. Eu, que já estava alucinada, não perdi tempo e fui. Sabemos que sóbria, isso não aconteceria, né? Eu não sabia mais onde estava, sério. Fiquei muito alucinada, nem nos bailes eu fico assim.

— Amor, papo reto, desce daí. — me chamou.

— Ah, qual foi, amor? To fazendo o que demais?

— Tô bêbado, você também. Tu me conhece e os cara ali não para de te olhar. Vou me estressar, to te pedindo na moral, não quero acabar com nosso rolé. — estendeu a mão pra mim e eu desci. Sentei, tomei uma água e fiquei com cara de cu até voltarmos pro hotel.

O passeio terminou e eu estava morta com farofa, subi direto pro quarto, tomei um banho, passei o pós-sol e cai na cama, pelada mesmo. Nossa janela é de vidro, mas graças a Deus não tem ninguém na frente, só o mar.

Acordei magoada de ressaca, tá? Levantei, tomei um banho e olhei a hora 20h45, Rogério dormia como um neném.

— Acorda, bonitão. — sussurrei no ouvido dele.

— Faz uma massagem aí, pretinha. — me estiquei e peguei o hidratante na mesinha. Enchi as costas de creme e comecei a massagem.

Ele acabou cochilando de novo, mas logo acordou, foi pro banho e enquanto isso, fiz contato com a minha mãe e a Rafaella. Soube de uns babadinhos e desliguei. Vi algum lugar pra ir passar o sábado à noite, achei uma baladinha, mas não sei se o Rogério vai querer...

Mandei mensagem pra menina do barco, combinei de ir com eles pra lá e o Rogério saiu do banheiro, toalha amarrada na cintura, aquelas gotas escorrendo pelo tronco. Puta que pariu!

— Vamo pra onde?

— Vamos sair com o pessoal de hoje. — levantei.

— Ah, suave. — começou a se arrumar, eu o abracei por trás e mordi as costas dele. —Tu brinca, po.

Nos arrumamos e descemos, encontramos com a galera na orla e pedimos um uber. Já chegamos e subimos direto pro VIP, Rogério colou com gente do jeito que ela gosta, eu não vi necessidade nenhuma de subir, mas ok.

Eu não aguentava mais ver bebida na minha frente, mas fazer o quê né? Desceram o combo e eu fui...

No meio da noite, Rogério já tava soltinho, ensinou os passinhos pros meninos e tudo, passo mal com ele. Dei de mão pra uma das meninas e guiei pro banheiro, esperei minha vez, fiz meu precioso, sequei e saí. A mona ficou 20 dias pra se arrumar no espelho e eu fiquei esperando do lado de fora.

— Acho que a gente tá se encontrando muito. — disse o senhor do restaurante.

— Ah, meu Deus. — revirei os olhos.

— Eu quero te apresentar a proposta.

— Entra em contato comigo na segunda-feira, já é? — passei meu número e a mona, finalmente, saiu do banheiro.

Voltei pra perto do pessoal e o Rogério estava falando com uma pessoa que eu nunca vi na vida, mas assim, uma intimidade que eu até estranhei, deve ser amigo de infância, né?

— Voltei. — peguei meu copo na mão dele e ia voltando pra perto do pessoal.

— Vem cá, amor. Deixa eu apresentar o Juninho pra tu. — virei pra eles. — Juninho, essa é a minha mulher, Manuela.

— Satisfação, Juninho. — sorri.

— Satisfação.

Saí de perto e ele continuou lá, tava dançando, quando vi duas meninas chegarem perto deles, Rogério cumprimentou e ficou conversando. Eu mantive a pose, porque não ia surtar ali, mas ele tá brincando com fogo.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora