1 MÊS DEPOIS ⏳
Tá tudo numa paz que eu nem sei o que tá acontecendo, só agradecer e seguir os dias. Hoje, tem o coquetel de apresentação da coleção de roupas onde eu fui modelo, minha mãe vai comigo, disse pro Rogério, mas ele preferiu ficar em casa, ainda tá meio escaldado.
E a respeito da casa? Mudamos. Fomos pra uma casa mais pra cima, aluguei de uma amiga da minha mãe que não mora mais por aqui. É menor do que a nossa, mas atende super bem o que precisamos e é do lado oposto de onde morávamos, então, na minha cabeça é melhor assim.
Guiei com a minha mãe pra loja, ela toda tímida, tadinha. Chorou quando me viu estampada em alguns lugares, conversei com uns empresários, donos de algumas marcas parceiras e já comecei a mexer novos contratos.
— Você não sabe o quanto me orgulho da mulher que eu criei, filha.
— Não faz assim como que eu choro, mãe. Estou sensível. — conversávamos no carro, enquanto voltávamos pra casa.
— Falando em sensibilidade, você já fez algum exame? Tá sensível demais mesmo. — olhei pra ela.
— Tá achando que tô grávida, mãe?
— Eu não disse nada, querida. — rimos.
Cheguei em casa e tinha mó blocão me esperando, Rogério não fez uma festa de comemoração surpresa pra mim? Ai, esse meu marido.
— Eu não fui lá, po. Mas tinha que comemorar contigo, preta. — me abraçou e me deu um beijo no pescoço.
Cerveja estalando, sonzão, churrascada, tudo que eu gosto. Até minha mãe no brilho, dá pra acreditar? Muito tempo não vejo a velha feliz assim.
Tirei uma foto com geral, até o imundo do Jacaré tava lá. Meteu o abandono depois que eu casei, isso porque é o meu melhor amigo.
A noite já tava caindo, mas é ruim que o furdunço para, hein. Rafaela foi pra dentro com o meu afilhado e eu fiquei dançando com umas meninas que simpatizam com a gente ou são mulheres de algum dos amigos do Rogério.
Quando fui pegar uma cerveja, Jacaré me parou.
— Coé doida, posso trazer minha mulher aqui?
— Porra, Gustavo, se é sua mulher. Como vou falar que não? Traz sim, po. — abri a lata, enchi minha caneca, o copo dele e guiei pra perto das meninas.
Depois de um tempo, eu já estava alteradíssima, mas se não for pra comemorar assim, tem nem graça. Fui no banheiro fazer aquele precioso, fiquei um tempão lá, segurar xixi é uó.
— Garota! Como que tu deixa a ex do Rogério vir na sua casa? — Valquíria me abordou logo na porta do banheiro.
— Mas é o quê? — saí voada pra cima do Rogério, agarrei no braço dele e saí tirando do meio de geral. Não costumo agir assim, mas o álcool tava me comandando.
— Que isso, cara?! Colfoi?
— Você tá de caô com a minha cara? Tô com cara de otária?
— Tá falando de quê, maluca? Tá surtada. — olhou pro braço. — Até me rasgou aqui, tá maluca.
— Que que a tua ex tá fazendo aqui?
— Ah Manuela, me poupe, po. Mulher do Jacaré ela, tenho nada a ver com isso não, po. — saiu e me deixou falando sozinha.
Virei o bicho, já fui logo no Jacaré, agarrei pelo braço também, a menina ficou sem entender e eu dei mó dedão.
— Que isso, Manu?
— Que isso?! Tu tá junto com o Rogério nessa?
— Tu precisa se tratar, hein. Que que tá acontecendo? Qual é a ideia?
— O que que essa piranha tá fazendo aqui?
— Piranha não, po. Minha mulher.
— Piranha sim, encerra o assunto e tira ela daqui. — virei — AGORA.
Jacaré saiu puto sem entender nada, pegou a menina pelo braço e meteu o pé. Geral viu a cena e eu caguei. Eu ia saber que a mulher do Jaca era ela? Eu hein.
Festa rolou normal, eu fiquei por conta do caralho de bêbada. Sei nem como fui dormir, só sei que acordei hoje com a cabeça explodindo, cabelo molhado e tudo. Certeza que alguém me deu banho.
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DONA DE MIM 💋
Teen Fiction(2017/2022) ⚠️ PLÁGIO É CRIME! ⚠️ Minha vida nunca foi exemplo, e nem quero que seja. Saio a hora que quero e volto a hora que acho que devo. Nunca dei satisfações pra ninguém além da minha mãe, e nem pretendo dar. Você acha que tá ruim? Eu só lame...